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Tratamento individualizado

19/05/2013

"Tratamento individualizado

Portadora da doença, a bancária Carina Araújo usa o primeiro remédio oral para a esclerose: menos agressivo

THAÍS CIEGLINSKI

Se a perda de tecido cerebral é um assunto que mobiliza médicos e pesquisadores em todo o mundo, quem sofre as consequências da esclerose múltipla (EM) também se preocupa com o processo de atrofia. Portador da EM há sete anos, Ronald Carvalho, 39 anos, já usou todas as drogas disponibilizadas pelo SUS na tentativa de desacelerar a doença. Chegou inclusive a fazer um autotransplante de medula em 2006.

Com problemas motores, ele, hoje, consegue mexer apenas um braço e é cadeirante. Há cerca de um ano, teve de abandonar o trabalho como produtor de eventos. Agora, tenta amenizar os efeitos da enfermidade por meio de um tratamento cada vez mais popular no Brasil, a administração de altas doses de vitamina D. Sinto-me mais disposto e percebo melhora na parte física também , avalia Ronald. Apesar disso, ele recebe acompanhamento 24 horas por meio de um home care.

Sem hematomas

Cansada dos hematomas que os medicamentos injetáveis deixavam pelo corpo e pela dor de cabeça corriqueira que sentia depois das aplicações de uma droga injetável usada para controlar a esclerose, a bancária Carina Araújo, 31 anos, optou por trocar de remédio ao saber da chegada do fingolimode ao país. Descobri a doença há quatro anos, quando perdi temporariamente o movimento de um dos braços , conta. Depois disso, ela sofreu um novo surto, quando ficou com parte da visão do olho direito comprometida. Desde que passou a usar o remédio, não teve mais crises.

O neurologista Carlos Tauil, médico do Hospital de Base de Brasília, explica, no entanto, que a escolha do remédio deve ser individualizada de acordo com o histórico de cada paciente. Quando a doença avança em uma velocidade claramente agressiva, é preciso reavaliar as opções , pontua. Liberada pela Anvisa para a comercialização no Brasil em 2011, o fingolimode passa agora por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do Ministério da Saúde para inclusão no rol dos tratamentos fornecidos gratuitamente pelo governo brasileiro. Atualmente, em todo o mundo, 67 mil pessoas usam a medicação.(TC)

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"Eles (os pacientes) passarão o resto da vida perdendo neurônios de forma acelerada se nada for feito para frear esse processo"

Fonte e Imagem: Cofen.com