Todos contra a coqueluche
14/04/2013
"Todos contra a coqueluche
Ministério da Saúde alerta para os perigos da doença, que, se não for tratada, pode causar até a morte. Bebês e idosos são os mais vulneráveis
Por Flávia Duarte
Uma tosse seca e insistente. Dificuldade de respirar com o passar dos dias. Inicialmente, os sintomas podem se confundir com os de uma gripe ou até mesmo com uma crise alérgica. Mas o desconforto não passa e levanta suspeitas: pode ser um caso de coqueluche. A doença, transmitida pela bactéria Bordetella pertussis, compromete seriamente o trato respiratório, especialmente das crianças com poucos meses de vida. Se não for tratada, evolui para problemas mais graves e pode levar à morte. “O ideal é ficar atento a qualquer sintoma. No Brasil, é muito difícil encontrar um laboratório que faça exame para diagnosticar a coqueluche. Trata-se de um tecnologia cara e complexa”, comenta a infectologista Rosana Richtmann, médica da Sociedade Paulista de Infectologia. “Sem a confirmação, o número real de casos é desconhecido. Precisamos melhorar as nossas condições de diagnóstico, não dá para ser empírico”, lamenta.
Recentemente, um surto de coqueluche foi registrado nos Estados Unidos. No Brasil, o número de casos aumentou em 97%, entre 2011 e 2012, sendo que a maioria desses (87%) era em crianças com menos de 6 meses de idade. Por isso, o Ministério da Saúde lançou um alerta e atua em duas frentes. A primeira ação é orientar os profissionais de saúde a iniciarem um tratamento precoce ao primeiro sinal da moléstia. Outra maneira de prevenir é incentivar a vacinação de gestantes para proteger antecipadamente o bebê, que só estará devidamente protegido contra esse mal a partir dos 6 meses de idade, quando completa o ciclo de imunização."
Fonte e Imagem: Cofen.com