Sob protestos, ministro diz que AM será 'privilegiado' no Mais Médicos
23/07/2013
"Sob protestos, ministro diz que AM será 'privilegiado' no Mais Médicos
Estado será um dos que receberá mais médicos, segundo Padilha.
Ministro foi chamado de 'covarde' e 'traidor' em protestos antes de solenidade.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Manaus na noite desta segunda-feira (22) para receber uma homenagem do prefeito Artur Neto (PSDB) e o título de cidadão manauara. Durante a cerimônia, sem entrar em detalhes, Padilha disse que o Amazonas será um dos estados que mais receberá médicos para atuarem no interior através do programa Mais Médicos, do Governo Federal. Do lado de fora do Palácio Rio Branco, médicos protestavam contra o ministro.
Em entrevista, o ministro se limitou a dizer que até o dia 25 de julho os profissionais que quiserem atuar no interior dos estados poderão se inscrever no programa, mesmo dia no qual será divulgado o número de vagas que o Mais Médicos abrirá. "No dia 25 de julho iremos ver quantas vagas serão abertas, e até lá os médicos poderão se inscrever no programa. O que podemos adiantar é que o Amazonas será um dos estados que receberão mais médicos, devido à necessidade do interior", disse.
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Antes da homenagem, um grupo de cerca de 15 médicos realizou um protesto na frente do Palácio Rio Branco, no Centro de Manaus, local da solenidade, contra a contratação de médicos estrangeiros para atuarem no estado, afirmando que é necessário investimento na formação de novos profissionais em universidades públicas, dentre outras questões. Ao chegar até o Palácio Rio Branco, Padilha entrou por um portão lateral, evitando e revoltando os manifestantes, que o chamaram de "covarde" e "traidor". "Ele, como médico, não poderia ter uma postura como essa", disse um dos manifestantes.
Sobre a manifestação, Padilha disse estar tranquilo, alegando que previa tal reação. "Desde o começo sabíamos que trazer médicos do exterior era um tema muito polêmico. Estou tranquilo, porque a questão que interessa não é trazer médicos do exterior e sim levar médicos para o interior", ressaltou.
Ainda sobre o protesto, Padilha reforçou o discurso dizendo que o interesse da classe dos médicos não é maior que o do povo. "Eu tenho que colocar em primeiro lugar o interesse de todos os 200 milhões de habitantes do nosso país. O interesse de uma categoria específica não pode se sobrepor ao interesse de toda a população. Vamos continuar conversando, discutindo", completou."
Fonte e Imagem: G1.globo.com