Situação no Brasil preocupa
27/02/2013
"Situação no Brasil preocupa
Correio Braziliense - 27/02/2013
A tensão constante em torno das infecções em unidades de saúde desperta a atenção para os produtos têxteis hospitalares e destaca a possibilidade de esses materiais serem usados como ferramenta de primeira linha para combater o problema. Um dos últimos estudos feitos no Brasil sobre o tema, levantamento do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, mostrou que 7,6% das 158 unidades de saúde avaliadas não tinham comissões de controle de infecção hospitalar (CCIH) e 53,8% não contavam com o quadro mínimo de executores conforme previsto em lei. Apenas 28 (17,7%) dos hospitais vistoriados atendiam itens fundamentais sobre o funcionamento das CCIHs, e 21% não tinham critério formal para diagnosticar a infecção hospitalar.
A pesquisa, feita por solicitação do Ministério Público Estadual, também revelou que não existia um programa de prevenção e controle de infecção hospitalar formalmente elaborado e executado em cerca de metade das instituições avaliadas.
Apesar de feita em São Paulo, a amostra retrata a realidade de grande parte das instituições brasileiras. O estudo demonstra ainda que muitos hospitais convivem com graves problemas estruturais, como falta de pias, área física inadequada — principalmente nas UTIs — e superlotação, além de número reduzido de funcionários e falta de protocolos clínicos e comportamentais, como lavagem de mãos deficiente, prescrição excessiva e inadequada de antimicrobianos e falta de treinamento para a prevenção e controle de infecções.
“A fibra de algodão é suscetível ao desenvolvimento de micro-organismos, que não só o degradam como também atuam como veículo de transmissão de doenças. Consciente disso, acredito estar contribuindo para o desenvolvimento de um vestuário hospitalar alternativo, em fibra de cânhamo, para ambientes com risco biológico”, diz Lucas Naves."
Fonte: Correio Braziliense