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Seios reconstruídos após mastectomia

13/09/2012

Seios reconstruídos após mastectomia

Projeto aprovado no Senado obriga o Sistema Único de Saúde a fazer intervenção na hora da cirurgia de retirada da mama

Brasília - O Senado aprovou ontem projeto que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer cirurgia de reconstrução dos seios em mulheres com câncer de mama no momento em que passarem pela mastectomia (retirada da mama). A lei atual já determina a reconstrução, mas não estabelece prazo para a a cirurgia, o que deixa muitas mulheres sem os seios reconstituídos por tempo indeterminado.

O projeto foi aprovado em caráter terminativo pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e segue para análise da Câmara se não houver recurso para ser votado no plenário do Senado. O texto estabelece que a cirurgia da reconstrução não deve ser feita paralelamente à mastectomia caso haja contraindicação médica ou recusa da paciente. Pelo projeto, a plástica reparadora deve ser feita nos dois seios para garantir a simetria e a completa reconstrução.

"A realidade enfrentada pelas mulheres é a das filas pelo procedimento, que podem demorar até mais de cinco anos. Durante esse tempo, elas enfrentam a deterioração de sua autoestima e as consequências estigmatizantes da mutilação", disse a senadora Ângela Portela (PT-RR), relatora do projeto.

A senadora disse que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e da Sociedade Brasileira de Mastologia, das cerca de 20 mil mulheres que precisam fazer cirurgia de retirada das mamas, menos de 10% saem dos centros cirúrgicos com os seios reconstruídos.

HPV A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou ontem também proposta de lei que prevê a oferta gratuita da vacina contra o HPV na rede pública de saúde a meninas na faixa de 9 a 13 anos. O vírus do HPV é sexualmente transmissível e está relacionado ao câncer de colo de útero, vulva, vagina, ânus, cavidade bucal e laringe, entre outros. Atualmente, a vacina é vendida na rede privada de saúde.

A autora do projeto de lei, Vanessa Grazziotin (PCdoB), estabelece que as mulheres beneficiadas pela vacina terão direito a receber também de profissionais do SUS esclarecimentos sobre as doenças causadas pelo vírus. Está previsto também na proposta que hospitais e postos de saúde da rede pública garantam o acesso a todo e qualquer atendimento complementar necessário.

Já a senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora da proposta, apresentou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontam que a vacinação dessa faixa etária é mais eficaz e representa economia para a saúde pública. O projeto ainda deve passar pela Câmara dos Deputados antes de ser sancionado pela presidente.

Fonte: Cofen.empauta.com

Imagem: Maracanauagora.com