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Santista ajuda o Brasil a ficar com a prata da 'Copa do Mundo de Física'

15/08/2013

"Santista ajuda o Brasil a ficar com a prata da 'Copa do Mundo de Física'

Denise se juntou a outros brasileiros e conseguiu um resultado inédito.
International Young Physicists Tournament aconteceu em julho, em Taiwan.

Denise Sacramento Christovam mora e estuda em Santos (Foto: Mariane Rossi/G1)Denise Sacramento Christovam mora e estuda em Santos (Foto: Mariane Rossi/G1)

Uma jovem de 16 anos de Santos, no litoral de São Paulo, ajudou a trazer uma medalha de prata para o Brasil na competição considerada a “Copa do Mundo de Física”, o Torneio Internacional de Jovens Físicos (International Young Physicists' Tournament - IYPT). Denise Sacramento Christovam se juntou a outros quatro brasileiros e conseguiu uma vitória inédita na competição que aconteceu em julho, em Taiwan.
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De volta ao colégio, onde cursa o terceiro ano do Ensino Médio, Denise conta que sempre teve aptidão para as disciplinas de exatas. Ela já participou de olimpíadas estaduais e brasileiras de Física e Astronomia e percebia que levava jeito desde a infância. “Eu sempre gostei muito de física porque mostra pra gente como o mundo funciona exatamente. Você, estudando as leis da física, entende muitas coisas que acontecem e isso sempre me fascinou”, explica a estudante.

Uma amiga de Denise, que sabia desse gosto da jovem pela física, e que já tinha participado da International Young Physicists Tournament (IYPT), a incentivou para entrar na etapa nacional da competição, que aconteceu em São Paulo. Denise montou um grupo com outros estudantes e, juntos, eles conquistaram o 4º lugar. A posição garantiu que apenas um membro da equipe pudesse concorrer na fase internacional do IYPT. Denise ficou com a responsabilidade de representar os colegas e se reuniu com outros quatro estudantes de cada equipe da etapa nacional.
Jovem teve que estudar muito mais para a competição (Foto: Mariane Rossi/G1)Jovem teve que estudar muito mais para a
competição (Foto: Mariane Rossi/G1)

Denise, Amanda Maria Marciano Leite de Oliveira, Gabriel Demetrius Bertoldo da Silva, Liara Guinsberg e Vitor Melo Rebelo formaram uma equipe. As horas de estudo passaram a ser ainda mais intensas. Ela conta que a vontade de resolver os problemas de física a instigavam a continuar estudando cada vez mais. “Eu não tinha muitas horas de lazer. Não é uma questão de falta de tempo, mas você se envolve tanto que você quer continuar pesquisando, saber o que está dando errado. Tinha horas que eu tinha que dar uma saída, ir ao cinema, senão bate o desespero”, afirma ela. Como são de cidades diferentes, os estudantes se reuniam nos finais de semana, feriados e nas férias para poderem se preparar juntos para a competição.

O desafio dos estudantes começou na viagem ao Taiwan. Foram mais de 30 horas de voo, de nervosismo e de vontade de mostrar que os brasileiros também entendiam de física. A 26ª edição do IYPT aconteceu entre os dias 24 e 31 de julho e contou com participantes de 26 países. Todos tinham que apresentar soluções para 17 problemas da área de física. “Você tem que estudar os fenômenos que eles estão descrevendo e propor explicações, modelos teóricos e fazer instrumentos que comprovem a sua teoria”, explica a estudante. Eles também tinham que apresentar aos jurados a solução e rebater as críticas de um grupo oponente.

Denise pretende fazer faculdade de engenharia ou física (Foto: Mariane Rossi/G1)Denise pretende fazer faculdade de engenharia ou
física (Foto: Mariane Rossi/G1)

Denise conta que acreditava não estar preparada para uma competição internacional. Mas, quando chegou a Taiwan, ficou focada e tentou deixar o nervosismo de lado para representar bem o país. No meio da competição, ela confessa que achou que a equipe não conseguiria um bom resultado no final. Mas, depois das últimas notas, veio o alívio, a alegria e a emoção. “No final, todo mundo estava sabendo os seus problemas, os problemas dos outros. A gente tinha boas bases de conhecimento”, comemora. O grupo ficou em 7º lugar na competição e levou uma medalha de prata para o Brasil, inédita na história do International Young Physicists Tournament (IYPT). “Para os três primeiros eles dão ouro, do 4º ao 8º lugar era prata e do 8º até o 13º era bronze”, explica a jovem.

Após se formar no colégio, Denise pretende seguir a área de exatas. Ela deseja fazer faculdade de engenharia ou física, mas também pensa no mercado de trabalho antes de tomar alguma decisão. Por enquanto, o futuro dela ainda não está definido. Ela quer mais é terminar os estudos, comemorar a medalha de prata na competição internacional e incentivar os próximos jovens a participarem do IYPT, já que ela não poderá competir nos próximos anos. “Se você for um ano no torneio você não quer mais sair. Se eu pudesse ir no ano que vem eu iria de novo. Foi muito bom”, finaliza Denise, já com saudades."

Fonte e Imagem: G1.globo.com