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Reitor da UnB busca união da academia

16/11/2012

Reitor da UnB busca união da academia

Autor(es): » LARISSA GARCIA
Correio Braziliense - 16/11/2012

Presidente Dilma Rousseff assina nomeação do professor Ivan Camargo, o primeiro dirigente graduado pela própria universidade

A presidente Dilma Rousseff assinou a nomeação do novo reitor da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Camargo, na noite de quarta-feira. A cerimônia de posse ocorrerá na terça-feira, dia 20, às 15h, no prédio do Ministério da Educação (MEC). A convocação será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

O professor da Faculdade de Tecnologia (FT) de 52 anos venceu, em segundo turno, as eleições da instituição de ensino em setembro, com 51,48% dos votos. O pleito ocorreu nos dias 11 e 12. "Estava ansioso e fiquei muito feliz com a novidade. Ao mesmo tempo, estou apreensivo com a responsabilidade que me foi atribuída, mas pretendo cumpri-la com tranquilidade", disse.

Ivan é o primeiro reitor graduado pela UnB. Cursou engenharia elétrica e está vinculado à universidade desde 1978. A carreira como professor começou em 1989, quando voltou à instituição já como mestre e doutor pelo Instituto Nacional Politécnico de Grenoble, na França. Ele terá, agora, de lidar com o déficit da instituição para 2012, de, aproximadamente, R$ 70 milhões. "A expectativa é de muito trabalho pela frente. Meu objetivo é cumprir todas as promessas que foram feitas durante a campanha. Nosso foco é melhorar a parte acadêmica. Também temos de cuidar de coisas mais práticas, como manutenção e despesas. Uma das minhas principais preocupações é com o equilíbrio orçamentário", completou.

Ele pontuou algumas deficiências da universidade. "A unidade tem muitas necessidades. Temos de focar, principalmente, na segurança no câmpus, uma reclamação frequente de alunos, servidores e professores. Além disso, vamos dar continuidade ao trabalho da antiga gestão em relação à infraestrutura. Queremos que a UnB volte a funcionar com tranquilidade e volte a brilhar. Agora é o momento de unir a universidade", indicou.

Desafios
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que está em processo eleitoral, Octávio Torres, afirmou que já esperava a nomeação. "O governo federal geralmente convoca o primeiro da lista tríplice. Como ele ganhou na universidade, já era quase certo", opinou.

Na opinião de Torres, a universidade tem muitos desafios. "É necessária uma expansão da instituição e mais discussão sobre as cotas sociais. No mais, espero que a qualidade seja mantida e que continuemos com o perfil de vanguarda", expressou Otávio. O professor Jaime Santana foi escolhido para assumir o Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP); Mauro Rabelo, para o Decanato de Ensino de Graduação (DEG); e Thérèse Hofmann, para o Decanato de Extensão (DEX).

Essa foi a eleição com maior participação acadêmica da história da universidade. Mais de 12,3 mil pessoas votaram. Ele esperava que a participação fosse ainda maior, mas comemorou o fato de ter sido um processo de apuração tranquilo. No primeiro turno, por causa do grande número de chapas inscritas — 10 no total — a contagem dos votos foi complicada e demorou mais que o esperado.

Os eleitores votaram em 22 e 23 de agosto em seus candidatos para a primeira etapa do pleito. Ivan Camargo ficou em primeiro lugar, com 25,21% dos votos. Já Márcia Abrahão conquistou 21,58% do eleitorado.

Seis chapas na eleição estudantil
Os alunos da Universidade de Brasília (UnB) se preparam para a realização das eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Seis chapas foram inscritas e as eleições ocorrerão em 5 e 6 de dezembro. A comissão eleitoral definiu as regras do processo: cada grupo pode ter, no mínimo, 19 pessoas. Para se candidatar, os concorrentes apresentaram nome da chapa e dos integrantes, documentos com fotos, identificação dos cursos, números de matrículas e cargos pleiteados, além do programa de gestão, das declarações de aluno regular e de aceitação dos termos do regimento.

Três perguntas para

Ivan Camargo, Reitor eleito da Universidade de Brasília

Qual é a expectativa para a nova gestão?
A expectativa é de muito trabalho. Pretendo cumprir todas as promessas feitas durante a campanha eleitoral. Busco a união na universidade e espero que a instituição volte a brilhar. Quero realizar um trabalho com o máximo de serenidade, responsabilidade e tranquilidade. Trabalharemos com o foco de fortalecer a parte acadêmica e as pesquisas, que considero o mais importante neste momento. Daremos continuidade às ações da gestão anterior, mas temos de redefinir algumas linhas.

Quais são os principais pontos a serem trabalhados dentro da universidade?
A unidade tem muitas necessidades. Temos de focar, principalmente, na segurança no câmpus, que é uma reclamação frequente de alunos, servidores e professores. Além disso, vamos dar continuidade ao trabalho da antiga gestão em relação à infraestrutura. A gente sabe que a universidade precisa de uma gestão eficiente para que o dia a dia do aluno não seja comprometido pela burocracia. A transição nos mostrou uma série de problemas, como a prefeitura, o setor de compras e a falta de manutenção e de limpeza.


Em relação ao arrocho orçamentário, qual é a posição da reitoria?
Só podemos definir isso com clareza depois que tivermos os números em mãos. A realidade é que a universidade gasta muito mais do que a matriz permite. Sabemos que há uma demanda do Ministério da Educação para que a gestão sinalize uma compatibilidade entre as receitas e os gastos. Não sei se será necessário cortar gastos, mas precisamos desembolsar de acordo com as possibilidades. Se for preciso, cortaremos despesas sim. Hoje, a instituição custa mais de R$ 200 milhões por ano.

Fonte: Correio Braziliense

Imagem: Cienciabrasil.blogspot.com