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Reitor afirma que mandou investigar supostas irregularidades no IFPR

09/08/2013

"Reitor afirma que mandou investigar supostas irregularidades no IFPR

Irineu Mário Colombo foi temporariamente afastado do cargo.
Investigações apontam desvio de R$ 6,6 milhões em recursos públicos.

O reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Irineu Mário Colombo, concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (8) para falar a respeito das investigações da Polícia Federal, que culminaram na prisão de 18 pessoas suspeitas de fraudar licitações. O professor afirmou que o suposto desvio começou em 2009, dois anos antes de ele assumir a direção do IFPR.

Entre os 18 detidos, três eram servidores do IFPR. As prisões aconteceram em Curitiba, Cascavel e nas cidades paulistas de São Carlos e Sorocaba. O grupo é suspeito de desviar R$ 6,6 milhões do setor de ensino a distância do IFPR. A quantia era proveniente de repasses do Ministério da Educação (MEC).
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Durante a entrevista, o reitor disse que ao perceber as irregularidades pediu a colaboração da Controladoria Geral da União (CGU) para tentar esclarecer o caso. Entre as medidas adotadas após a confirmação dos indícios de irregularidades, Colombo afirmou que exonerou toda a diretoria de Educação a Distância (EaD).

"Nós estivemos, inclusive, em reuniões com os órgãos de controle e nós nos colocamos à disposição e estamos colaborando.(...) A mim, particularmente, interessa muito que isso seja apurado", esclareceu Colombo.

Fraudes e OSCIPs
Segundo as investigações, o grupo atuava por meio de termos de parceria firmados entre o IFPR e duas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs. Além disso, eles também são suspeitos de superfaturar projetos para cursos à distância e de aprovar, de maneira fraudulenta, integrantes da quadrilha em concursos públicos. A investigação aponta ainda que a quadrilha falsificava contratos e prestações de contas, e pagava propina a funcionários da autarquia federal e integrantes das OSCIPs.

O reitor também disse que todos os contratos firmados com as OSCIPs foram cancelados, um deles no valor de R$ 20 milhões. Sobre o fato de não ter suspendido imediatamente os contratos assim que soube das irregularidades, a reitoria se manifestou em nota dizendo que manteve a parceria em função do "compromisso institucional de formar mais de 20 mil alunos que estão estudando nos cursos da modalidade EaD".

Colombo afirma ainda estar ciente do pedido para afastá-lo do cargo. Para ele, a requisição da Polícia Federal é um procedimento padrão para esses casos.

Operação policial
Dez mandados de condução coercitiva e 43 de busca e apreensão também
foram cumpridos, segundo os policiais. Três servidores foram afastados do Instituto. Entre os crimes cometidos estão formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes da lei de licitações.

Ministério da Educação
O Ministério da Educação afirmou, também por meio de nota, que apoia o trabalho desenvolvido pela CGU e pela Polícia Federal. Conforme o MEC, o início da investigação por parte da PF ocorreu devido a uma auditoria solicitada em dezembro de 2011 pelo próprio Ministério à Controladoria Geral da União, para analisar convênio firmado entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná e uma OSCIP.

"Os servidores do IFPR que estão sob investigação serão imediatamente afastados de suas funções a fim de resguardar o andamento das investigações. O MEC, em conjunto com a CGU, irá instaurar processo administrativo disciplinar para a apuração das responsabilidades dos servidores envolvidos", informa a nota."

Fonte e Imagem: G1.globo.com