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Rede de pesquisa permitirá novas políticas públicas

30/10/2012

Rede de pesquisa permitirá novas políticas públicas

Ipea e ABDI investigarão mercado de trabalho

Novas políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento do mercado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) serão possíveis a partir da Rede de Pesquisa: Formação e Mercado de Trabalho, criada na quinta-feira (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Entre outros dados estatísticos, a Rede permite definir quais os setores da economia em que há maior carência de mão de obra qualificada. “Uma rede como essa pode contribuir muito para o planejamento e as decisões que o governo vai tomar daqui para frente”, avalia o secretário executivo do MTE, Marcelo Aguiar.

A iniciativa ajudará o MTE, por exemplo, a formular e a planejar ações ajustadas à nova realidade do mercado de trabalho que, pela primeira vez em 10 anos, exibe número de trabalhadores formais superior ao dos que não têm registro em carteira . “Temos uma política macro que dá condições da indústria de querer mais, ou seja, algo além da valorização e do aumento real do salário mínimo”. Segundo o secretário do MTE, esse poderia ser um dos fatores para explicar o porquê da sobra de vagas no mercado de trabalho paralelamente aos índices existentes de desocupação.

O chefe de gabinete do Ipea, Sergei Soares, afirmou que para alcançar o crescimento médio entre 5% e 7% ao ano, há a necessidade de o País empregar a força de trabalho atualmente desocupada, como uma forma de aumentar o consumo e fortalecer a economia.

Plano Brasil Maior - O objetivo da rede é promover o intercâmbio técnico e científico para produção e análise de dados que subsidiem a formulação de propostas na área da formação e do emprego, em especial no âmbito da atual política industrial brasileira, o Plano Brasil Maior. “Temos uma política que dá condições para que as indústrias busquem, cada dia mais, mão de obra qualificada. A valorização do salário mínimo criou a discussão da melhoria da formação do nosso trabalhador”, explica Aguiar.

O diretor de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Ferres, relembrou que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do MTE e do MEC, também identificou a carência do mercado por qualificação e que o programa já representa um importante avanço na formação profissional. “Os dados apontam para mais de 2 milhões de pessoas beneficiadas e temos como meta mais de 8 milhões de vagas”, afirma Ferres.

Adesões - Aberta a novos interessados em informações sobre a qualificação profissional e mercado de trabalho, a rede de pesquisa busca criar um grupo de colaboração entre atores públicos e privados. “O objetivo principal é promover o intercâmbio técnico-científico e a produção de dados e análises para o planejamento das políticas de formação e emprego, em especial no âmbito do Plano Brasil Maior”, destacou a diretora da ABDI, Maria Luisa Campos Leal.

Formação para trabalhador tem 540 mil matrículas

Em um ano de oferta da bolsa-formação trabalhador pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), 540 mil matrículas já foram realizadas em todo o Brasil, em diferentes cursos de qualificação profissional. Deste total, 170 mil trabalhadores já concluíram os cursos, que podem ter carga horária de 160 a 400 horas.

Atualmente, 515 cursos compõem a segunda edição do Guia Pronatec de Cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), lançada no mês passado pelo Ministério da Educação. Destes 515 cursos, 112 são novos e não existiam na primeira edição do guia. “Fizemos um alinhamento de cursos e criamos outros para atender às novas demandas do mercado de trabalho”, explica a coordenadora geral de Desenvolvimento e Monitoramento de Programas de Educação do MEC, Nilva Schroeder. Entre os novos cursos destacam-se os de idiomas, incluindo a Língua Brasileira de Sinais (Libras), de cuidador de idoso e outros voltados para as áreas rural e educacional e também para o setor de turismo.

O Pronatec foi lançado há um ano e a meta é oferecer 2,57 milhões de vagas em cursos FIC até 2014. Para o próximo ano, a meta é matricular 744 mil trabalhadores.

Fonte: Secom.gov

Imagem: Secom.gov