“Economia e ecologia devem estar na mesma equação”, afirma Marina em Manaus
23/09/2014
Neste domingo (21), às vésperas da cúpula do clima da ONU (Organização da Nações Unidas), a candidata à Presidência da República Marina Silva participou de Ato Público pela Responsabilidade no Enfrentamento das Mudanças Climáticas, junto com lideranças do desenvolvimento sustentável, no Museu da Amazônia, em Manaus. A candidata e parceiros da Coligação Unidos pelo Brasil ouviram apelos e sugestões sobre temas ligados à proteção ambiental. “Economia e ecologia devem estar na mesma equação”, disse Marina, reforçando seu compromisso com o meio ambiente.
“Vamos investir na reestruturação das áreas degradadas trazendo vida e produtividade para os solos cansados, combatendo ao mesmo tempo o problema das mudanças do clima”, disse Marina. “Temos compromisso de zerar a perda de cobertura florestal no Brasil e isso vai acontecer sem que seja necessário reduzir os grandes ganhos que temos alcançado na nossa agricultura, seja de pequenos ou grandes produtores”.
A candidata listou, ainda, algumas iniciativas que fazem parte da plataforma de governo. Se eleita, a ideia é ampliar a participação do país no comércio de produtos florestais. “Uma vocação natural de nossa terra”, frisou. Além disso, ainda em relação ao mesmo tema, há meta de aumentar em 40% a área de florestas plantadas e duplicar as áreas sob manejo florestal sustentável na Amazônia e na caatinga.
No campo de infraestrutura, setor fundamental para o país e que necessita de investimentos urgentes, a candidata lembrou que defende a aprovação de projetos desde que sejam viáveis em três frentes: ambiental, econômica e social. “Não abrimos mão de nenhum desses três quesitos ao fornecer licenças para as usinas do complexo do Rio Madeira, a transposição do São Francisco e a BR 163”, lembrou Marina. Os projetos foram aprovados quando ela ocupava a pasta do Meio Ambiente. Também enfatizou a importância de manter as iniciativas de proteção das florestas e da diversidade.
“Em dez anos de trabalho para redução seguida do desmatamento, 4 bilhões de toneladas de gás carbônico deixaram de ser lançadas na atmosfera pelo Brasil”, afirmou, também referindo-se ao período em que esteve à frente da Pasta. “Essa contribuição do Brasil é considerada pelos cientistas de todo o mundo como a maior contribuição dada para o problema das mudanças climáticas”. A ex-senadora lamentou o fato de o desmatamento ter voltado a crescer na atual gestão em função da desarticulação de planos para o combate ao desmatamento.
Marina Silva reforçou, ainda, que a preservação da floresta Amazônica é uma das maiores contribuições que o país pode dar para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no mundo. E que, o fato de o governo atual não aderir à declaração mundial de proteção das florestas, com mais de 30 países signatários e cuja assinatura deverá ocorrer durante evento da ONU, em Nova Iorque, é algo sem sentido. “O Brasil é um país mega florestal. Não tem sentido o governo brasileiro não dar sua assinatura e seu compromisso de que irá preservar as florestas”.
Fonte: www.marinasilva.org.br