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Professores em greve encerram protesto na casa de Cabral, no Rio

19/08/2013

"Professores em greve encerram protesto na casa de Cabral, no Rio

Cerca de 80 pessoas fecharam Avenida Delfim Moreira, segundo a PM.
Sindicato realiza assembleia para decidir pelo fim ou não da greve.

Professores em greve fazem protesto em frente à casa do governador Sérgio Cabral, no Rio (Foto: Isabela Marinho/G1)Professores em greve fazem protesto em frente à casa do governador Sérgio Cabral, no Rio (Foto: Isabela Marinho/G1)

O protesto de professores em frente à casa do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, terminou por volta das 17h10 desta segunda-feira (19). O ato reuniu cerca de 80 pessoas, segundo a Polícia Militar. O grupo chegou a fechar a Avenida Delfim Moreira, na altura da Rua Aristídes Espinola, onde mora o governador, por 40 minutos.
Rua Aristídes Espínola, no Leblon, está fechada com grades (Foto: Isabela Marinho/G1)Rua Aristídes Espínola, no Leblon, está fechada
com grades (Foto: Isabela Marinho/G1)

A greve dos professores da rede pública do Rio de Janeiro completou nesta segunda o 12º dia, que será decisivo para a categoria, já que a prefeitura anunciou o corte do ponto dos profissionais que não forem trabalhar. Eles fazem uma assembleia nesta segunda para avaliar se continuam a paralisação.

Após uma série de protestos nos últimos 10 dias, representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) se reuniram nesta segunda com o secretário estadual de Educação Wilson Risolia, mas o encontro terminou sem acordo.

Segundo o professor estadual Luiz Antonio Contarini, não houve avanço após a reunião com o secretário. "Positivamente, houve a retomada da discussão por parte do Risolia em relação ao veto do projeto de lei em que garante uma escola e uma matrícula. Mas para o secretário o professor tem que abrir mão da escola da origem para poder organizar. Só que para o professor isso é ruim. O Sepe quer que retorne a grade curricular de 2013 com o mínimo de dois tempos de aula. Se o professor dá um tempo de aula em uma escola, ele tem que completar a carga horária em outra", disse o professor.
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Sem acordo
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que os grevistas continuarão a ter os dias descontados enquanto durar a paralisação. Para reverter essa decisão, a Secretaria solicitou que os 0,5% dos professores paralisados voltassem a trabalhar. De acordo com a nota, o Sepe disse que levaria a proposta para a assembleia de quarta-feira (21).

Não houve avanço também na discussão sobre as matrículas e o reajuste salarial. A Secretaria reforçou que já concedeu 8% de reajuste este ano, acima da inflação e acima do reajuste do piso nacional da categoria, além de conceder novos benefícios para os professores, como os auxílios alimentação, transporte e qualificação.

A Prefeitura do Rio também já havia anunciado que a partir desta segunda os professores da rede que faltassem teriam o ponto cortado.

Também em nota ao G1, o Sepe disse que reiterou ao governo que a a utilização do código 30, que caracteriza falta não justificada, não é adequada. O sindicato quer que seja levado em conta o código 61, que é específico para greve.

O Sepe informou ainda que seu departamento jurídico vai pedir à Justiça que a Secretaria Estadual de Educação não corte o ponto dos profissionais da rede.

Passeata na orla
No domingo (18), segundo a PM, cerca de mil pessoas participaram de uma manifestação em Copacabana. A passeata percorreu toda a orla e contou com o apoio de manifestantes que faziam um outro protesto na Avenida Atlântica, pedindo o fim dos maus tratos contra os animais. Os professores e profissionais da educação reivindicam principalmente reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Depois que o prefeito Eduardo Paes anunciou que cortaria o ponto de quem não trabalhassem partir desta segunda, o sindicato recorreu à justiça para tentar impedir a medida. Mas o pedido foi negado.

Na decisão, o juiz Eduardo Antonio Klausner diz que "ao pretenderem os professores paralisar suas atividades laborais por tempo indeterminado, devem abraçar os riscos inerentes ao ato, como o corte de ponto e outras sansões. E que não é cabível ou razoável pretender que o juiz determine previamente que a Administração Pública garanta o pagamento dos dias parados" sem "que a legalidade da greve tenha sido examinada".

O Sepe afirmou que vai entrar com um novo pedido na Justiça.

A coordenadora geral do Sepe, Marta Moraes, disse que: “A categoria tem claro que não está numa greve reivindicando nada demais. São reivindicações absolutamente justas e esse tipo de posicionamento de corte de ponto é atitude extremamente autoritária, ditatorial, que não ajuda no processo de negociação”.

No sábado (17), o prefeito Eduardo Paes disse que vai manter a decisão.

“Vai ter salário descontado, todos os benefícios descontados, tíquete descontado. As pessoas são pagas para dar aula, para cuidar da educação das nossas crianças. A gente admite o processo de negociação, é uma rede que é motivo de orgulho para cidade do Rio, e não pode estar aí mobilizada por um movimento essencialmente partidário político”, disse o prefeito."

Fonte e Imagem: G1.globo.com