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Professores decidem manter greve após assembleia no Centro do Rio

30/08/2013

"Professores decidem manter greve após assembleia no Centro do Rio

Categoria marcou nova assembleia para a próxima terça-feira (3).
Na reunião eles também discutiram questões pedagógicas.

Professores se reúnem na Fundição Progresso, no Centro do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)Professores se reúnem na Fundição Progresso,
no Centro do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)

Professores e profissionais de rede municipal de ensino do Rio decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (30) na Fundição Progresso, no Centro, manter a greve pelo menos até terça-feira quando vão fazer nova assembleia. Na reunião eles ainda discutiram questões pedagócicas.

A votação bastante tumultuada ocorreu na praça dos Arcos da Lapa com professores divididos entre favoráveis e contrários à greve. A manutenção do movimento foi decidida por uma margem apertada de votos. Uma boa parte dos educadores preferia voltar às salas de aula e retornar ao estado de greve - quando podem se decidir por nova paralisação a qualquer momento.

Depois de quase três horas de depoimentos sobre as medidas tomadas pela prefeitura e publicadas no Diário Oficial, os coordenadores do Sepe tentaram votar três vezes se a categoria deveria seguir em greve. Mas diante do quorum apertado e da necessidade de sair da Fundição Progresso por já passar do horário determinado para entrega a casa, a votação ocorreu na Praça dos Arcos.

Segundo a coordenadora da capital do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe), Susana Gutierrez, é preciso discutir com a Secretaria de Educação a autonomia pedagógica, que é a forma como o conteúdo das matérias deve ser aplicado de acordo com o perfil das unidades.

Reivindicações
Entre os questionamentos da categoria estão o reajuste salarial de 19% para compensar as perdas salariais, a garantia de um terço da carga horária para atividades extracurriculares, que é garantida por lei, e concurso público para professores e funcionários administrativos.

A Secretaria informou que concedeu 8% de reajuste este ano. A Seeduc destacou, ainda, que concedeu novos benefícios para os professores, como os auxílios alimentação, transporte e qualificação.

Prefeitura lamentou a falta de aulas
Na quarta-feira (28), a Prefeitura do Rio lamentou a greve. "O descumprimento do acordo por parte do Sepe e a intransigência do sindicato, que chega à terceira semana de greve deixando quase 300 mil das 700 mil crianças da Rede Municipal de Ensino sem aulas".

A Prefeitura também enviou, na nota, 21 pontos do acordo que já havia sido realizado juntamente com o Sepe-RJ. A principal decisão diz respeito à criação do Plano Unificado de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores Municipais da Educação – PCCS Unificado, com encaminhamento à Câmara de Vereadores com pedido de urgência. Entre os pontos do plano, está a progressão funcional e enquadramento por formação e tempo de serviço, uma das principais reivindicações dos professores.

Segundo a prefeitura, ocorreu também o aumento de 8% no piso salarial de cada categoria integrante do PCCS Unificado, observado o princípio da paridade, que somado aos 6,75% do reajuste geral dos servidores municipais significará um aumento de 15,29%, sobre o qual incidirão todos os direito e vantagens previstos no Estatuto dos servidores.

O acordo também prevê melhorias estruturais nas escolas, como climatização e reestruturação das unidades, além do abono de faltas com devolução dos valores descontados, as faltas decorrentes de paralisações promovidas pelo SEPE a partir de 1º de janeiro de 2013."

Fonte e Imagem: G1.globo.com