Faça uma busca abaixo:
Posso Ajudar?

Problema pode ser considerado epidemia

14/10/2012

Problema pode ser considerado epidemia

BRASÍLIA - Na América Latina, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,9 milhão de pessoas sobreviveram a um AVC. Em 2004, o Brasil e o México tinham, de acordo com a OMS, as maiores populações e os mais altos índices de mortes com 129.200 e 33 mil, respectivamente. No Brasil, só em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência a complicações com o AVC.

De acordo com autoridades médicas da América Latina, o problema já está virando uma questão de saúde pública. Para o professor do Programa de AVC da Universidade Nacional do México, Carlos Cantú, o AVC já pode ser considerado uma epidemia. “Trata-se de uma epidemia que já está acontecendo. O AVC é uma séria ameaça à saúde pública na América Latina”, afirma Cantú.

Conforme estimativas da World Stroke Organization (WSO), o impacto da doença na região irá aumentar significativamente e de maneira gradual o envelhecimento da população. As estimativas apontam que, até o ano de 2024, o número de mortes pela doença deverá crescer, pelo menos, três vezes. Segundo o presidente da WSO, Stephen Davis, na maioria dos casos o problema pode ser evitado, tratado e manejado a longo prazo.

Segundo o co-presidente do World Stroke Congress e neurologista do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro, Aytorn Massaro, o fato de a população da América Latina ser fundamentalmente urbana colabora para o aumento desse número. “A maioria da população urbana das grandes metrópoles não vive de maneira saudável. Não pratica exercícios, não se cuida, o que as deixa mais suscetível ao AVC”, explica.

Fora isso, as implicações econômicas são significativas. Na Argentina, por exemplo, os gastos com os pacientes são na base de US$ 434 milhões. Já no Brasil, esse custo sobe para US$ 450 milhões. A proposta da WSO para auxiliar nesse combate - além da prevenção - é um melhor alinhamento entre os países da região para a troca de conhecimento e práticas.

Fonte: Folhape.com

Imagem: Veja.abril.com.br