Problema da saúde é falta de recurso federal, diz Alckmin
10/07/2013
"Problema da saúde é falta de recurso federal, diz Alckmin
Governador de SP se disse favorável à ampliação dos cursos de medicina.
Alckmin participou de evento em comemoração à Revolução de 1932.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se disse favorável à intenção do governo federal em ampliar de seis para oito anos a duração dos cursos de medicina do país como anunciou o governo federal nesta segunda-feira (8), mas afirmou que o problema da saúde no país é a falta de financiamento federal. Pela proposta apresentada pela presidente Dilma Rousseff (PT), os estudantes de medicina deverão cumprir dois anos de serviço no Sistema Único de Saúde (SUS). Alckmin, que é médico, disse não conhecer em detalhes a proposta, mas afirmou que apoia tudo o que for para “melhorar a saúde”.
“Tudo o que for para melhorar a saúde, nós estamos ajudando. O grande problema da saúde hoje é a falta de recurso da área federal. Quer dizer, quanto que tem que investir o município? O mínimo de 15%. O estado é 12%. E o governo federal não tem esse percentual. Então, o que falta é recurso. No momento em que a população ficou mais velha e a medicina mais complexa, o governo federal vai saindo desse financiamento”, disse Alckmin na manhã desta terça-feira (9)m durante o desfile cívico-militar em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo.
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De acordo com a Emenda Constitucional 29, os estados e o Distrito Federal precisam investir 12% de sua receita em saúde, enquanto os municípios devem aplicar o mínimo de 15%.
A ampliação em dois anos dos cursos de medicina consta na medida provisória publicada nesta terça, no Diário Oficial da União. O governo ainda divulgou os editais com as regras do programa "Mais Médicos", que visa ampliar o número de profissionais de saúde em municípios no interior do país e nas periferias das grandes cidades. O projeto vai permitir o trabalho de profissionais estrangeiros ou de brasileiros que se formaram no exterior sem a necessidade de revalidação do diploma.
Transportes
Nesta segunda-feira, Alckmin e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), estiveram reunidos em Brasília com o a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. O governador e o prefeito apresentaram projetos e formularam ao governo federal pedidos de investimento em transporte público que superam R$ 17 bilhões.
Segundo Alckmin, apenas o governo estadual solicitou R$ 10,8 bilhões para investimentos em linhas do Metrô, reforma e modernização de estações de trens da CPTM e na construção de corredores de ônibus em regiões metropolitanas. O governador informou que, após a liberação dos recrusos, há possibilidade de as obras começarem em 90 dias, já que há projetos formulados.
Paralisações
Alckmin disse o governo estadual se esforça para evitar bloqueios nos transportes públicos na quinta-feira (11), quando estão previstas uma série de manifestações e paralisações em todo o país. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Roberto Meira, informou que já se reuniu com várias frentes sindicais dos trabalhadores. A corporação tem em mãos os percursos que devem ser feitos pelos manifestantes, que deverão passar por vias importantes de São Paulo, como a Avenida Paulista e as marginais Tietê e Pinheiros.
De acordo com Meira, o efetivo da corporação será reforçado no dia 11 desde as 4h. “Nós vamos reforçar o efetivo com policiais das escolas de sargentos, de oficiais, do efetivo administrativo e também dos policiais que estão de folga”. Segundo o comandante da PM, o batalhão de Choque estará de prontidão e agirá se houver necessidade.
Meira confirmou a compra pela corporação de quatro caminhões que lançam jatos d’água em manifestantes. “Nós já estávamos preparando a compra desses caminhões independente das manifestações", disse. Os equipamentos deverão ser usado pela Tropa de Choque. A previsão é que a compra dos caminhões ocorra em janeiro."
Fonte e Imagem: G1.globo.com