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Pesquisadores da USP descobrem anticorpo para tratar dores crônicas

06/08/2013

"Pesquisadores da USP descobrem anticorpo para tratar dores crônicas

Substância inibe a ação de proteína que estimula a sensação de dor.
Grupo testou medicamento em ratos e desenvolve molécula para humanos.

Um grupo de estudiosos do Centro de Pesquisas de Doenças Inflamatórias da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) descobriu uma substância que pode ser um grande passo rumo à cura de dores crônicas.

Os pesquisadores decobriram um anticorpo capaz de inibir a ação da fractalcina, proteína responsável pelo estímulo contínuo do sistema nervoso central quando há inflamação no organismo. A substância já foi testada em ratos, e o desenvolvimento de um medicamento voltado exclusivamente para humanos deve ser apresentado nos próximos quatro anos.

De acordo com o professor e pesquisador envolvido no estudo, Thiago Mattar, a pesquisa analisou o processo da dor no organismo. Em pacientes que apresentam problemas de dores crônicas, segundo Mattar, a sensação de dor permanece mesmo após o fim da inflamação - devido à ação da fractalcina.

"O que a gente observou nesses testes em animais é que administrando o anticorpo que bloqueia essa proteína houve uma redução na sensibilidade que esses ratos têm no local da inflamação, principalmente em tempos mais tardios dessa inflamação", explica. Os ratos apresentavam problemas inflamatórios na articulação das patas.

Ainda segundo o pesquisador, o uso do anticorpo é benéfico porque não apresenta tantos efeitos colaterais quanto os medicamentos analgésicos e antiinflamatórios. "Existem antiinflamatórios capazes de diminuir esse processo inflamatório. Só que a nossa ideia é entender melhor o processo de dor crônica para que a gente possa então desenvolver novas moléculas que tenham efeitos analgésicos, mas que tenham menos efeitos colaterais ou adversos como esses antiinflamatórios têm", explica.

Tratamento futuro
Os testes em laboratório foram feito especificamente com ratos. Para que o tratamento seja eficiente com humanos, é preciso desenvolver uma nova molécula com o anticorpo que tenha os mesmos efeitos de bloqueio da dor. Segundo Mattar, a previsão é de que os primeiros resultados sejam apresentados em quatro anos. "

Fonte e Imagem: G1.globo.com