Novas medidas visam prevenir e reduzir o número de casos de gripe
24/05/2013
"Novas medidas visam prevenir e reduzir o número de casos de gripe
Campanha de vacinação imunizou mais de 32 milhões de pessoas
O Ministério da Saúde anunciou na última terça-feira (21) uma série de medidas para o enfrentamento da gripe. Além da Campanha Nacional de Vacinação, que imunizou mais de 32 milhões de pessoas e ultrapassou a meta de 80% do público-alvo, outras ações em curso visam prevenir e a reduzir o número de casos e óbitos por agravamento da doença. As medidas incluem a disponibilização de R$ 30 milhões para a preparação da rede ambulatorial e hospitalar ao tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e a distribuição de 1,2 milhão de tratamentos de oseltamivir (tamiflu).
Os recursos foram repassados aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o investimento foi direcionado aos estados que apresentam maior incidência de casos de gripe. Entre eles, o de maior preocupação, no momento, é São Paulo, onde foram notificados, neste ano, 1.863 casos de SRAG e 183 óbitos, sendo 55 para H1N1.
Padilha anunciou que o ministério vai enviar ao estado uma equipe para investigação dos casos de óbitos; ampliar os pontos de distribuição do oseltamivir; realizar semanalmente videoconferências com a participação de 42 hospitais para monitoramento da influenza no estado, além de reuniões com as operadoras de planos de saúde para reforçar o protocolo da Influenza 2013.
Recursos – De acordo com o Ministério da Saúde, a aplicação do recurso de R$ 30 milhões vai ampliar a capacidade de internações, com a criação de leitos extras para o tratamento de influenza, de acordo com a necessidade local. A estimativa é de criação de aproximadamente 450 leitos para o tratamento da influenza, distribuídos nos quatro estados, possibilitando 1,8 mil internações por mês.
O montante vai permitir a compra ou locação de cerca de 450 ventiladores respiratórios e 555 monitores cardíacos para equipar leitos de cuidados intermediários ou intensivos. Além disso, deverão ser adquiridos 1,5 mil oxímetros para os estabelecimentos de primeiro atendimento e unidades 24 horas de pronto atendimento clínico e pediátrico. O equipamento é usado na classificação de risco do paciente com síndrome gripal.
Ao estado de São Paulo foram destinados R$ 12,7 milhões; para o Rio Grande do Sul foram disponibilizados R$ 5,6 milhões; Santa Catarina R$ 5,4 milhões; e Paraná R$ 6,7 milhões. Os estados vão articular com os municípios o uso do recurso, de acordo com a situação epidemiológica prevista ou detectada. Nesses quatros estados foram realizadas 310.895 internações por SRAG, em 2009.
Curso - Também como parte das medidas de preparação da rede pública, o Ministério da Saúde oferecerá, em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), curso de Educação a Distância (EAD) sobre o protocolo de influenza 2013. O curso é voltado aos médicos que atuam na rede de assistência à saúde. Outros profissionais da saúde podem fazer o curso como visitante, mas não receberão declaração de conclusão. As inscrições podem ser feitas em unasus.gov.br/influenza.
O ministério também vai distribuir 680 mil materiais informativos e educativos para orientação aos profissionais da área e também à população.
Vacinação - O balanço nacional, divulgado pelo ministério, aponta que foi superada a meta da 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até as 11h da última segunda-feira (20), foram vacinadas 32,4 milhões de pessoas em todo o Brasil. O número representa uma cobertura de 83,7% do público-alvo, excluídas as doses aplicadas em doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade. A meta era vacinar 80%, de um total de 39,2 milhões.
Dezenove estados e o Distrito Federal atingiram 80% ou mais de cobertura vacinal. O ministério recomenda aos estados e municípios que não atingiram a meta para que continuem vacinando quem faz parte do grupo prioritário: gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, crianças de seis meses e menores de dois anos, profissionais de saúde, além de pessoas com doenças crônicas e as privadas de liberdade."
Fonte e Imagem: Secom.gov