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Não é isso que resolve', diz secretário David Uip sobre Mais Médicos

05/09/2013

"Não é isso que resolve', diz secretário David Uip sobre Mais Médicos

Na primeira fase do programa foram chamados 1.096 profissionais.
Novo secretário disse ser favorável, mas pediu valorização da classe.

Tatiana Santiago Do G1 São Paulo
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Infectologista David Uip é o novo secretário estadual de saúde (Foto: Tatiana Santiago/ G1)David Uip durante entrevista após assumir a
secretário de saúde (Foto: Tatiana Santiago/G1)

Novo secretário de Saúde do estado de São Paulo, o médico infectologista David Uip disse ser favorável, mas afirmou que o programa federal "Mais Médicos" não vai resolver os problemas de uma das áreas mais críticas do país. "Eu acho que não é isso que resolve a saúde", disse.

Uip tomou posse, na manhã desta quinta-feira (5), como novo secretário de Estado da Saúde de São Paulo. Apesar de se dizer favorável ao programa, ele afirmou que acredita em outros caminhos para melhorar o atendimento à população.

"A minha posição é que saúde de faz com trabalho no dia a dia, se faz com investimento, se faz com multidisciplinalidade, um médico sozinho não vai resolver. Nós precisamos de um contexto de profissionais bem pagos em planos de cargos e carreiras tentando entender a saúde de uma forma mais local. É isso que eu acredito”, disse.

O novo secretário diz que os problemas de Saúde no Brasil começaram quando o país foi descoberto. "E vêm se agravando. E dá para entender o por quê. A população, felizmente, vive mais. As necessidades são outras, a modernidade implica em que você tenha avanços em tecnologia e investimentos em dinheiro", afirma.

Sobre a nova função, Uip diz que é o projeto mais desafiador e estimulante da sua vida.

Investimentos
Justamente sobre o tema recursos, Uip criticou o governo federal e disse que São Paulo está em dia com a Constituição, investindo em saúde até mais do que o exigido pela Emenda 29/2000.

“Infelizmente não vemos esta mesma disposição por parte do governo federal, que vetou a aplicação de 10% do PIB na área da saúde, deixa de enviar anualmente R$ 1 bilhão para o SUS de São Paulo e mantém a tabela de pagamentos do Ministério da Saúde congelada há anos, aniquilando as santas casas e hospitais filantrópicos, que, quanto mais atendem aos pacientes do SUS, mais se endividam”, afirmou. Ele sisse que vai falar com o ministro da Saúde Alexandre Padilha e com a presidente Dilma, se for preciso, para atualizarem as tabelas para repasse de verbas para a Santa Casa.

O infectologista já exerceu o cargo de diretor executivo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, entre 2003 e 2008, diretor-presidente da Fundação Zerbini entre 2007 e 2008, e é diretor do Hospital Emílio Ribas. Uip faz parte também do quadro de profissionais do Hospital Sírio-Libanês.

Ele é formado pela Faculdade de Medicina da Fundação Universitária do ABC, tem mestrado e doutorado em doenças infecciosas e parasitárias pela Faculdade de Medicina da USP. Ele é professor livre docente pela Faculdade de Medicina da USP e também professor-titular da Faculdade de Medicina do ABC.

Nomeado em janeiro de 2011, Cerri pediu demissão ao governador Geraldo Alckmin em 14 de agosto. Ele comunicou ao governador que voltará a se dedicar às atividades acadêmicas e científicas, como diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), na capital paulista."

Fonte e Imagem: G1.globo.com