Mudança na legislação de inovação agilizaria pesquisas
25/01/2013
"Mudança na legislação de inovação agilizaria pesquisas
Para UFRJ, alterações legais deveriam incluir mais autonomia para as universidades
Mudanças na legislação de inovação, dando mais autonomia para as universidades e centros de pesquisa, agilizariam as pesquisas e até estimulariam novas ideias.
“A gente precisa ousar. Nossa lei ainda é tímida. A liberação de recursos pode demorar, principalmente se a parceria envolver mais de uma universidade. Os empresários precisam de uma resposta rápida. Um ano é muito é tempo para uma inovação”, destacou Rogério Filgueiras, coordenador adjunto da Agência UFRJ de Inovação, um dos palestrantes do seminário promovido pelo grupo Ejesa.
Aracéli Cristina de Sousa Ferreira, pró-reitora de Gestão e Governança da UFRJ, também foi enfática ao pedir mais rapidez nos processos. “Quando precisamos de um equipamento, por exemplo, para ficar dentro da lei, levamos pelo menos três meses. Uma pesquisa não pode esperar este tempo”, questionou. Para ela, a legislação deve refletir a autonomia universitária dada pela Constituição Brasileira.
Investimentos
A divisão da propriedade intelectual dos projetos desenvolvidos pela Petrobras e as universidades é vista com bons olhos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ), que recebe cerca de 60% dos contratos de pesquisa da estatal. “É um avanço, pois antigamente a propriedade era toda da empresa”, disse Filgueiras durante sua participação no seminário. Segundo ele, os investimentos da Petrobras contribuem para que a universidade tenha laboratórios modernos e forme um expressivo número de mestres e doutores.
Entretanto, Filgueiras ressaltou que ainda precisam ser feitos ajustes na relação Petrobrasuniversidades, principalmente no que diz respeito à distribuição dos royalties das tecnologia que chegam ao mercado. “A universidade não recebe royalties, devido aos contratos. Todos têm interesse no sucesso das tecnologias. Estamos negociando”, esclareceu ele.
Filgueiras destacou também a importância da descoberta do pré-sal como motor de geração de inovação. “O mercado consumidor é certo. O desafio está no acesso à riqueza”, disse. Para ele, o governo tem feito sua parte com linhas de financiamentos voltadas à inovação."
Fonte: Pressdisplay.com
Imagem: Blog.pyrsona.com.br