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Ministério da Educação planeja criar universidade federal a distância

18/06/2013

"Ministério da Educação planeja criar universidade federal a distância

O Globo - 18/06/2013

Objetivo seria atender à demanda por mais vagas no ensino superior

BRASÍLIA
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou ontem a intenção de criar uma universidade federal de educação a distância para atender à demanda por vagas no ensino superior. Ele disse que pretende enviar projeto de lei nesse sentido ao Congresso, em agosto. A ideia é que a nova instituição incorpore a atual Universidade Aberta do Brasil (UAB), ampliando o leque de cursos de graduação oferecidos. Segundo o ministro, a UAB tem cerca de 240 mil alunos.

Mercadante falou sobre o tema após divulgar balanço de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O Sisu, que utiliza os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para preencher vagas em universidades públicas, atraiu 788,8 mil candidatos interessados em ingressar na faculdade no segundo semestre deste ano. O Sisu ofereceu 39,7 mil vagas, uma média de 19,8 inscritos por vaga.

- É a única resposta possível para atender a demanda - disse Mercadante, referindo-se à educação a distância.

Em 2011, o Brasil tinha 6,7 milhões de universitários, dos quais 14,7% matriculados em cursos a distância. Para o ministro, essa proporção pode subir, uma vez que em países europeus essa taxa chega a 50%.

- O Brasil é um dos poucos países que não têm uma universidade nacional pública a distância - disse o secretário de Educação Superior, Paulo Speller, que é ex-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso, onde, segundo ele, foi oferecido o primeiro curso de graduação a distância no país.

Segundo Speller, a iniciativa na época enfrentou preconceito. Mas, observou ele, o material didático preparado para os cursos de formação de professores a distância passou a ser copiado por faculdades presenciais de Mato Grosso.

No Sisu, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi a instituição que mais atraiu inscritos: 124.778 estudantes para 3.669 vagas. Em segundo, ficou a Universidade Federal Fluminense (UFF), com 119.283 candidatos para 4.303 vagas. Segundo Mercadante, 33% das vagas ofertadas no Sisu são para cotistas, e os candidatos cotistas representam 42,4% do total de inscritos. O ministro destacou que, na linha do que já havia ocorrido no Sisu do primeiro semestre, a diferença de nota entre cotistas e não cotistas oscilou entre 3% e 4% em quatro áreas - medicina, engenharia, pedagogia e licenciaturas -, com os cotistas apresentando, em média, um desempenho ligeiramente pior do que os demais candidatos.

Dos dez cursos mais procurados no Sisu para o segundo semestre deste ano, oito são de medicina. O mais procurado é o da UFF, seguido pelo da UFRJ. Ele enfatizou que os candidatos precisam efetivar a matricula indo até a universidade nos dias 21, 24 e 25 de junho.

O ministro afirmou que o programa de tutoria planejado para atender cotistas neste primeiro semestre ainda não foi lançado, porque o MEC avalia a melhor forma de organizar o apoio pedagógico. Segundo ele, cada universidade tem a própria estratégia. Em média, 13% dos candidatos que ingressaram na universidade pelo Sisu foram estudar em outros estados. Neste semestre, segundo Mercadante, 96% dos inscritos do Rio optaram por ficar na cidade. ( Demetrio Weber )"

Fonte: Oglobo.com

Imagem: Noticias.universia.com