Ministério autoriza alta nos remédios de 2,7% a 6,31%
05/04/2013
"Ministério autoriza alta nos remédios de 2,7% a 6,31%
O Globo - 05/04/2013
Antes mesmo de decisão, reajuste já vinha sendo praticado por distribuidoras e farmácias
BRASÍLIA O governo autorizou reajustes de 2,7% a 6,31% nos remédios com preço controlado em todo o país. Os aumentos já estão valendo desde ontem. Com base em critérios que consideram inflação, ganhos de produtividade das empresas e preço dos insumos, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos definiu o aumento em três faixas, conforme a participação de genéricos no faturamento.
O reajuste mais alto, de 6,31%, será para os medicamentos da classe em que a participação de genéricos no faturamento é igual ou superior a 20%. Nas contas da indústria, 48% estão nessa categoria. O índice máximo é equivalente à inflação oficial medida pelo IPCA nos 12 meses encerrados em fevereiro. Na segunda categoria, com participação de genéricos no faturamento entre 15% e 20%, o aumento será de 4,1%. Nela, estão cerca de 4% dos medicamentos. Por último, também com 48% dos produtos, está a classe com participação de genéricos abaixo de 15%, que terá reajuste de 2,7%. Em 2012, a autorização foi para reajustes de até 5,85%.
Como o GLOBO mostrou na terça-feira, as distribuidoras começaram a repassar os aumentos no início da semana, mesmo sem o aval do Ministério da Saúde. Foi a primeira vez desde 2004 que o governo não publicou a autorização do reajuste anual até o fim de março, o que gerou ruídos na indústria e no varejo. Além das distribuidoras, farmácias no Rio haviam começado a subir os preços, sob a justificativa de que a primeira resolução, de 12 de março, definia os critérios de reajuste.
Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de SP (Sindusfarma), considerou que o governo aplicou um cálculo de produtividade "discutível", que reduz o índice de reajuste e prejudica as empresas. Em 2012, enquanto o aumento médio nos preços foi de 2,8%, o custo da folha de pagamento cresceu 7,5%, argumenta. Segundo o Sindusfarma, se todas as apresentações forem reajustadas pelos índices máximos, o aumento médio será de 4,59%. ( Cristiane Bonfanti )"
Fonte: Oglobo.com
Imagem: Alagoas24horas.com