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Menino que recebeu ácido em hospital continua em estado grave
03/10/2012
Menino que recebeu ácido em hospital continua em estado grave
Criança de 2 anos teve órgãos queimados e está internada na UTI.
Polícia vai ouvir técnicas de enfermagem que trocaram medicação.
O menino Bruno Martins Araújo Barbosa, de 2 anos, que ingeriu ácido no lugar de um sedativo durante a realização de um exame no Hospital e Maternidade Nova Vida, em Itapevi, na Grande São Paulo, na semana passada, continua internado em estado grave. Uma menina de 4 anos também foi medicada com o ácido, mas já recebeu alta e passa bem.
A criança está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, na Zona Sul de São Paulo. O garoto teve queimaduras internas em vários órgãos e respira com a ajuda de aparelhos devido a uma insuficiência respiratória. Ele também faz sessões de hemodiálise e ainda não tem previsão de alta.
Segundo a enfermeira que aplicou o remédio na menina informou em depoimento, o ácido estava em um frasco igual ao dos sedativos. A polícia informou que o ácido é usado em tratamentos dermatológicos.
De acordo com a Polícia Civil, duas técnicas de enfermagem identificadas como responsáveis por terem envolvimento na troca dos medicamentos ainda não foram ouvidas.
O caso da menina foi registrado como lesão corporal culposa, quando não há intenção de ferir. Segundo a delegada Isabel Cristina Ferraz, da Delegacia de Itapevi, o hospital ainda não informou o nome das técnicas de enfermagem que irão prestar depoimento. Uma das funcionárias foi quem colocou o medicamento na seringa e entregou para a enfermeira aplicar em Bruno. A outra técnica foi quem deu o ácido para a garota, que cuspiu o medicamento e teve queimaduras no rosto.
Em nota, a direção do Hospital Nova Vida afirmou que as crianças foram bem atendidas e que os médicos prescreveram os remédios corretos para os quadros clínicos que elas apresentavam. Ainda de acordo com a nota, depois da suspeita de troca das medicações, ambos os casos são apurados.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo informou, em nota, que se constatada infrações ético-legais envolvendo profissionais de enfermagem, tomará as medidas cabíveis, que podem resultar até na cassação do registro do profissional.
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Fonte: Cofen.com
Imagem: Globotv.globo.com