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Joseph Murray, pioneiro dos transplantes, morre aos 93 anos

27/11/2012

Joseph Murray, pioneiro dos transplantes, morre aos 93 anos

Cirurgião tinha sofrido um derrame na quinta-feira passada; em 1954, ele realizou o 1º transplante bem-sucedido de rim, passando o órgão de um homem para o irmão gêmeo

27 de novembro de 2012 | 11h 10

O cirurgião Joseph Murray, que realizou o primeiro transplante bem-sucedido de rim e ganhou o Prêmio Nobel de Medicina, morreu nesta última segunda-feira, 27, em Boston, aos 93 anos.
Murray se interessou pelos transplantes quando trabalhava com militares feridos na 2ª Guerra Mundi - Eric Miller/AP
Eric Miller/AP
Murray se interessou pelos transplantes quando trabalhava com militares feridos na 2ª Guerra Mundi

Ele havia sofrido um derrame na quinta-feira passada, segundo um porta-voz do hospital Brigham and Women's.

Murray e sua equipe completaram seu primeiro transplante de órgãos humanos em 1954, passando um rim de um homem para o irmão gêmeo.

"O mundo é um lugar melhor por causa de tudo o que o dr. Murray fez. Seu legado irá durar para sempre nos nossos corações e nos de pacientes que receberam o presente da vida mediante um transplante", disse Elizabeth Nabel, presidente do Brigham and Women's, em nota.

No decorrer da sua carreira, Murray continuou pesquisando formas de suprimir a reação imunológica dos pacientes, evitando a rejeição a tecidos transplantados. Em 1990, foi um dos ganhadores do Nobel de Fisiologia ou Medicina.

"Dificuldades são oportunidades. Esta é uma citação que fica em cima da mesa do meu pai em casa. Ela reflete o implacável otimismo de um grande homem que foi generoso, curioso e sempre humilde", disse em nota seu filho Rick.

História. Murray se formou em medicina por Harvard e começou a se interessar pelo transplante de tecidos quando trabalhava com militares feridos na 2ª Guerra Mundial, segundo a Britannica Online Encyclopedia.

Concluiu especialização em cirurgia no Brigham and Women's, onde depois atuou como cirurgião plástico.

Com interesses que iam muito além da medicina, Murray disse numa breve autobiografia entregue à organização do Nobel que desejaria ter "outras dez vidas para viver neste planeta".

"Se fosse possível, eu passaria cada uma das vidas na embriologia, na genética, na física, na astronomia e na geologia. As outras vidas seriam como pianista, bicho do mato, tenista ou repórter da National Geographic."

Mais de 600 mil pessoas no mundo todo já receberam transplantes desde a inovação de Murray, segundo o hospital.

Fonte: Estadao.com

Imagem: Estadao.com