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Ipea: escolaridade reduziu desigualdade

12/10/2012

Ipea: escolaridade reduziu desigualdade

Estudo mostra que, com mais oferta, cai retorno com Educação

Fonte: O Globo (RJ)

A Escolaridade foi o motor da queda da desigualdade de renda no Brasil na última década, pelos conclusões divulgadas ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Índice de Gini - indicador de distribuição de renda - baixou de 0,552 em 2001 para 0,485 em 2011, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2011). O índice varia de zero a um, e quanto mais perto zero, mais igualitária é a sociedade. É primeira vez que a taxa fica abaixo de 0,5, quando se exclui o Norte rural. O aumento da Escolarização da mão de obra fez cair a diferença salarial entre os que têm menos e mais instrução.

A diferença no rendimento do trabalho de quem tem 11 anos de estudos ou mais frente aos passaram apenas até três anos na Escola caiu de 315,5% para 192,4%.

- O retorno da Educação vem caindo. A força de trabalho está menos heterogênea nesse ponto de vista. Considerando que 75% da renda familiar vêm do trabalho, é um avanço importante - afirmou o economista Miguel Foguel, autor do estudo.

A distância entre os rendimentos também ficou menor quando se compara os trabalhadores que têm de oito a dez anos de estudo em relação aos com pouca instrução: passou de 117,5% em 2001 para 73,2% em 2011.
trabalhadores mais velhos

O mercado de trabalho ficou menos desigual e mais envelhecido. E a tendência de o Brasil conviver com trabalhadores mais velhos veio para ficar. Pelas projeções também do Ipea, a partir de 2030, daqui a 18 anos, os únicos grupos populacionais que deverão crescer são os que têm mais de 45 anos. Será nesse mesmo ano que a população atingirá seu ponto máximo, chegando a 208 milhões. O censo 2010 contou 190 milhões. Segundo a economista Ana Amélia Camarano, em 2040, a população brasileira já estará menor: 205, 6 milhões.

- Nos anos 1980, esperava-se que a população brasileira atingisse 200 milhões antes dos anos 2000. Hoje calculamos que, com sorte, passaremos de 200 milhões em 2020. Será uma população para o trabalho mais envelhecida, o que vai provocar novas demandas de políticas públicas, principalmente de saúde ocupacional - afirma Ana Amélia Camarano.

Fonte: Todospelaeducacao.org.br

Imagem: Atribunamt.com.br