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Hospital abre sindicância para apurar morte de idosa que teve glicerina aplicada na veia
28/09/2012
Hospital abre sindicância para apurar morte de idosa que teve glicerina aplicada na veia
A Santa Casa de Misericórdia São Vicente de Paula de Campo Belo, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, abriu uma sindicância para apurar a morte da idosa Vicentina Martins Leal, de 80 anos, que teve glicerina aplicada na veia ao invés de soro. Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, a unidade de saúde afirmou que a técnica de enfermagem que cometeu o erro foi afastada preventivamente após o ocorrido.
Vicentina Martins Leal deu entrada no pronto-atendimento da cidade dia 15 de setembro, com problemas intestinais, e foi transferida para a Santa Casa no dia seguinte. O filho da vítima, o publicitário Itamar dos Reis Leal, afirmou que a mãe ficou sob cuidados médicos na enfermaria, acompanhada de outro filho. No dia 20 de setembro, por volta de 11h, o acompanhante notou que havia sido incluído um frasco diferente no lugar do soro aplicado em Vicentina. O filho pensou que fosse uma vitamina, porque a mãe estava muito debilitada.
Por volta das 14h30, Itamar foi chamado ao hospital pelo irmão, após receber a informação de que a mãe havia sido transferida em caráter de urgência para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Às 16h30, a equipe médica saiu do quarto e informou que Vicentina havia morrido. Um médico admitiu ao publicitário que a morte da mulher se deu por um erro cometido por uma técnica de enfermagem.
Em nota, o hospital informou que prestou todas as informações à família sobre o caso e que solidariza com a dor do falecimento da idosa. Afirmou também, que o Conselho Regional de Enfermagem já foi avisado sobre o assunto.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. O delegado Edson de Senna ainda aguarda o resultado da necropsia e já solicitou todo o prontuário do atendimento do hospital. Após a chegada dos documentos, as testemunhas serão convocadas para prestar depoimento.
Erros em hospitais
Esse não foi o primeiro erro cometido em hospitais neste ano em Minas. Em abril, o menino Alan Breno, de 2 anos, ingeriu ácido em vez de sedativo e o bebê Davi Emanuel de Souza Lopes, de 4 meses, recebeu alimentação à base de leite na veia. Os dois casos aconteceram em Belo Horizonte.
Segundo dados do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren/MG) somente este ano 65 casos foram registrados no Estado. Destes, 26 erros foram cometidos por enfermeiros, 30 por técnicos de enfermagem e outros 9 por auxiliares. Em nenhum dos casos houve cassação. Em 2010, foram 127 denúncias contra 153 do ano passado, um aumento de 20,4%.
Fonte: Cofen.empauta.com
Imagem: Em.com.br