Faça uma busca abaixo:
Posso Ajudar?

Hormônio do bebê evita a pré-eclâmpsia

03/05/2013

"Hormônio do bebê evita a pré-eclâmpsia

Durante a gravidez, não é apenas o corpo da mãe que produz substâncias para proteger o filho. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriram que o feto libera um hormônio, a adrenomedulina, que previne a ocorrência de pré-eclâmpsia, o aumento da pressão arterial acompanhado da perda de proteínas pela urina (toxemia gravídica) que acomete 5% das gestantes.

A adrenomedulina tem esse efeito apenas quando é liberada pelo feto. “Se as células do bebê não segregam esse hormônio, os vasos sanguíneos da mãe não sofrem a dilatação que deveriam”, explica Kathleen M. Caron, uma das autoras do estudo e vice-reitora de pesquisa da Escola de Medicina. Quando é liberado, o hormônio aciona células que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos da mãe. Assim, mais sangue flui para o bebê em crescimento, evitando o aumento da pressão arterial.

A constatação foi feita por meio de um estudo com ratos que foram geneticamente modificados para produzir níveis reduzidos e aumentado do hormônio. Ao comparar os resultados nas duas situações, os pesquisadores concluíram que, na gravidez normal, o feto secreta a adrenomedulina na placenta durante o segundo trimestre da gestação, justamente o período de maior ocorrência da pré-eclâmpsia. O problema é mais comum entre a 20ª semana de gestação e o fim da primeira semana após o parto.

Com a descoberta, pesquisadores poderão desenvolver novos métodos de detecção e de prevenção do problema, cuja causa é desconhecida. “Nós realmente não conseguimos saber que uma mulher grávida vai ter pré-eclâmpsia até que ela começa a apresentar a complicação. Como a condição tem inúmeros fatores de risco e causas, é difícil para o médico saber quais pacientes estão sob maior risco. Identificar as moléculas que poderiam prever o problema seria realmente importante”, avalia Caron.

Após o parto, a mulher com pré-eclâmpsia é acompanhada por especialistas por em média quatro dias. A atenção especial ocorre porque essas mulheres apresentam um risco maior de terem crises de convulsão. Mesmo depois da alta, algumas pacientes precisam tomar medicamentos para controlar a pressão arterial, que pode permanecer elevada por até dois meses. O próximo passo do grupo de pesquisadores é analisar, também em teste com camundongos, os padrões de níveis adrenomedulina e de pré-eclâmpsia em grávidas."

Fonte: Cofen.com

Imagem: Saudeblog.com.br