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Formação em enfermagem em Portugal é “excessiva” perante à “contratação real”
10/09/2012
Formação em enfermagem em Portugal é "excessiva" perante à "contratação real"
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros reconheceu no sábado que a formação em enfermagem em Portugal é "excessiva" perante à "contratação real", mas assegurou que o país precisa de mais licenciados nesta área, avança a agência Lusa.
"Os cidadãos não estão a receber os cuidados necessários por falta de enfermeiros nos hospitais e centros de saúde, no entanto, e paradoxalmente, continuam a não ser contratados os enfermeiros necessários", assistindo-se à formação de licenciados como há 10 e 15 anos atrás, afirmou Germano Couto.
Em declarações à agência Lusa em Ponta Delgada, à margem da cerimónia de entrega dos títulos profissionais a 67 novos enfermeiros formados nas ilhas, o bastonário sublinhou que o Governo terá de tomar medidas para pôr termo a uma situação de que resulta o desemprego ou a emigração.
"Portugal tem de decidir de uma vez por todas o que é que quer: se quer realmente continuar a formar enfermeiros a este ritmo, não os contratando, ou se quer manter a formação como está, mas contratando tendo em conta as reais necessidades da população", alegou.
Insistindo no argumento de que se o país "quer ter bons indicadores de saúde tem de apostar nos cuidados primários que se fazem com enfermeiros", Germano Couto sustentou que a actual conjuntura socioeconómica pode constituir uma oportunidade para aumentar o contributo da enfermagem com recurso à "redução do desperdício na saúde que é imenso.
"Continuamos a ter um Serviço Nacional de Saúde muito vocacionado para a área curativa e não para a área promocional e é isso que tem de ser invertido, para isso é preciso investir na enfermagem", acrescentou.
Fonte: Rcmpharma.com
Imagem: Rcmpharma.com