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Estudantes do ensino médio de Maringá ocupam prédio do MP-PR

09/09/2013

"Estudantes do ensino médio de Maringá ocupam prédio do MP-PR

Militantes alegam que a construção pertence a eles e a pedem de volta.
Prédio é de posse do MP e está sem uso desde a década de 70, diz Umes.

Um grupo de 20 estudantes do Ensino Médio ligados a Umes (União Maringaense de Estudantes Secundaristas) ocupou, na manhã desta segunda-feira (9), um prédio pertencente ao Ministério Público (MP-PR) na Avenida Cerro Azul, na região central de Maringá, no norte do Paraná. Os militantes invadiram o local com barracas e colchões para pedir que o prédio seja "devolvido a eles", já que, segundo os próprios estudantes, a Umes o construiu.

Os estudantes afirmam que vão permanecer na construção "até que o diálogo seja retomado" com o Ministério Público. "Estamos pedindo algo que é nosso, por direito. Já tentamos dialogar três ou quatro vezes com o MP, mas nada foi resolvido. Isso aqui é uma última tentativa de sermos ouvidos. É um direito civil e político que temos", afirma o vice-presidente da Umes, Vinícius Silva Fernandes Pereira.
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Por meio de nota, o MP informou que vai entrar em contato com os representantes da UMES pra tentar resolver a situação com diálogo. Sobre a sugestão de dividir o imóvel, o Ministério Público diz que o contrato de doação prevê a devolução do imóvel à Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, que doou o terreno na década de 1960, caso ele seja cedido a terceiros. No local, o MP vai instalar a sede da Coordenação Administrativa das Promotorias de Maringá, a Central de Atendimento ao Público, e um local para reuniões e audiências públicas.

O prédio foi desativado na década de 1970, pelo regime militar, segundo Pereira - a Umes não tem sede no município desde então. A construção passou à posse do MP em 2006, mas, até o começo deste ano, era reduto para uso de drogas e moradores de rua, afirma Pereira.

"O prédio era uma mancha negra no Centro da cidade. Estava abandonado e nunca foi usado pelo Ministério Público. Sem um local fixo, não conseguimos mobilizar, criar identidade, consolidar nossos direitos. Estamos regredindo cada dia mais", garante o estudante.

O terreno foi doado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, na década de 1960, conforme a Umes. Os próprios militantes na época construíram o prédio com materiais de construção que encontravam na cidade, segundo o vice-presidente.

A Umes informou que fará manifestações culturais no prédio durante a tarde desta segunda-feira para chamar a atenção da população."

Fonte e Imagem: G1.globo.com