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Em 2º dia de protestos, médicos suspendem atividades pelo país

31/07/2013

"Em 2º dia de protestos, médicos suspendem atividades pelo país

Categoria faz manifestações em ao menos sete estados nesta quarta-feira.
Greve é para marcar posição contra a contratação de estrangeiros.

Médicos de ao menos sete estados - Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás - realizam protestos nesta quarta-feira (31). Na terça-feira (30), a suspensão dos atendimentos nas redes pública e privada atingiu 12 estados e o Distrito Federal.

A greve é para marcar posição da categoria contra decisões do governo federal, como a contratação de profissionais estrangeiros pelo programa Mais Médicos e os vetos à legislação do Ato Médico, que estabelece as atribuições dos profissionais de medicina. Em nota, o governo disse que "lamenta" eventuais prejuízos causados à população.

Apesar da greve, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que representa 53 sindicatos, orientou para que casos de urgência e emergência sejam atendidos. Os clientes de planos de saúde também serão afetados. É segunda vez, em um intervalo de uma semana, que a categoria cruza os braços em protesto contra decisões do governo federal.

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São Paulo
Os médicos da Baixada Santista paralisaram as atividades e fazem manifestações. Segundo o Sindicato dos Médicos de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande (SINDIMED) haverá atos nas cidades e, em seguida, médicos seguem para a capital paulista, para participar de ato na Avenida Paulista.

Santa Catarina
Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (Cosemesc) confirmou para esta quarta-feira (31) o dia de paralisação geral da categoria. Os serviços seguem em casos e locais de urgência e emergência, além de tratamentos que não possam ser interrompidos.

Em Florianópolis e Chapecó haverá um enterro simbólico dos ministros da Saúde (Alexandre Padilha), da Educação (Aloizio Mercadante) e das Relações Exteriores (Antônio Patriota). Em Joinville, Blumenau, Lages, Balneário Camboriú, Itajaí , Joaçaba, Canoinhas, Tubarão, Navegantes, Camboriú e Itapema os médicos da região também têm programação de manifestações.

Mato Grosso do Sul
Médicos paralisam o atendimento ambulatorial. A partir das 9h (horário local), haverá ato na praça Ary Coelho, em Campo Grande, em que os médicos darão orientações para a população em diversas especialidades médicas. O objetivo é chamar a atenção para a falta de estrutura na área da saúde.

Mato Grosso
Pela segunda vez, médicos do estado aderem à paralisação com o objetivo de derrubar vetos. No dia 8 haverá uma audiência em Brasília com os parlamentares para discutir a pauta da categoria, disse a presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves. Eles reclamam também de demissões de médicos em prefeituras do interior.

À tarde, os manifestantes devem participar de assembleia na sede do CRM-MT e haverá uma carreta. Ao final os manifestantes devem ser concentrar na Praça Ipiranga, onde ficarão disponíveis para prestar atendimento básico às pessoas que passarem pelo local.

Goiás
A paralisação dos médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) continua. Seguem suspensos os atendimentos de consultas, cirurgias e exames pré-agendados. Serviços de urgência e emergência estão mantidos. A greve deve terminar à meia-noite.

Nos hospitais administrados pelo governo estadual, os profissionais que atuam no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital Materno Infantil (HMI), Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e Alberto Rassi (HGG) atendem apenas os casos de urgência. Os eletivos foram remarcados. Nos demais, os atendimentos foram realizados normalmente, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

Rio Grande do Sul
O movimento, que atingiu 23 cidades na terça-feira (30), deve se repetir em novo dia de mobilização nacional dos médicos contra os recentes programas do governo federal para a área da saúde. No estado, Panambi, na Região Noroeste, Santana do Livramento e Porto Alegre já confirmaram adesão.

Médicos protestam no centro de Curitiba (PR) contra os vetos da presidente Dilma a alguns pontos do chamado Ato Médico. A categoria é contra a falta de revalidação dos diplomas de profissionais estrangeiros que devem atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) (Foto: Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo)Médicos protestam no centro de Curitiba (PR)
(Foto: Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão
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Pernambuco
A previsão é que os médicos farão um atendimento gratuito à população no Memorial da Medicina, com voluntários de Pediatria, Clínica Médica, Dermatologia, entre outros.

Histórico das paralisações
A primeira paralisação dos médicos, no dia 23 de julho, contou com a adesão de ao menos 16 estados, informou a Fenam.

As paralisações fazem parte do calendário de greve estabelecido pela Fenam para registrar o descontentamento da categoria com as medidas adotas pelo Executivo federal sem o consentimento dos médicos. Conforme a entidade, “caso não haja avanços no movimento”, os sindicatos médicos poderão decretar greve por tempo indeterminado a partir de 10 de agosto, dia em que está agendada a última atividade das paralisações relâmpago.

No dia 8 de agosto está programada uma marcha de profissionais da medicina em Brasília. Na ocasião, será realizada uma audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso Nacional.

Batalha judicial
A crise entre as entidades médicas e o governo federal acabou nos tribunais. Inconformados com as medidas adotadas pelo Executivo para tentar suprir a carência de médicos em regiões pobres, a Fenam, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) ingressaram com diferentes ações judiciais para tentar suspender o programa Mais Médicos.

No dia 26, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, negou pedido da AMB para suspender a medida provisória que criou o Mais Médicos. Segundo o magistrado, não cabe ao Supremo definir se a MP atendeu às exigências de relevância e urgência, como reclamavam as associações."

Fonte e Imagem: G1.globo.com