![](/fmanager/gelson/noticias/t/imagem3607_2.jpg)
Dois séculos até a cura
21/10/2012
Dois séculos até a cura
Passado e presente
De tratamentos que não tinham eficácia até os 95% de chances de cura, se passaram dois séculos de desenvolvimento das técnicas de controle do câncer de mama no Brasil. No século XIX, os avanços da microscopia e do saber sobre células até colaboraram para a compreensão da doença, mas a única opção era a retirada total da mama, que era feita com instrumentos agressivos e pouco eficientes. Esse histórico é contado no livro "O câncer no Brasil: passado e presente", da editora Outras Letras.
O trabalho conta que o câncer não era monopólio da prática médica. Na verdade, grande parte dos doentes, descrentes das opções da medicina, entregava sua sorte a curandeiros. O tratamento usava fórmulas às vezes secretas e outras de fitoterápicos, como cicuta e beladona, além das sangrias e diferentes tipos de dietas.
Os avanços vieram no século XX, também porque pelos anos 1950 se intensificaram as mudanças no estilo de vida: mais urbano, com economia fortalecida, o que levou ao aumento do número de casos. Mas antes, no final da década de 1910, já foram criadas instituições de radiologia e especializadas em câncer, assim como implementadas ações públicas para a doença. O câncer passou a ser um dos principais objetos das corporações farmacêuticas. Em 1936, surgiu o Instituto de Ginecologia, que divulgou os primeiros trabalhos dos cânceres femininos.
Ainda assim, a retirada total da mama continuou a assombrar as mulheres brasileiras até pouco tempo atrás. Na cirurgia, além da mama, ainda era removido o músculo que ficava abaixo dela e os gânglios da região axilar. Hoje é possível fazer uma remoção parcial.
A diferenciação dos tipos de câncer de mama foi outro avanço para direcionar o tratamento. Hoje, o Ministério da Saúde preconiza a mamografia a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos, além exame clínico anual.dos 40 anos.
Fonte: Cofen.com
Imagem: Cofen.com