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Disputa pela reitoria da UnB

09/09/2012

Disputa pela reitoria da UnB

Professora do Instituto de Geociências da UnB

» MARCELO BIZERRIL
Professor da Faculdade de Planaltina

Em 11 e 12 de setembro, a UnB irá às urnas para a escolha de seu novo dirigente. As grandes transformações que caracterizam a universidade nestes últimos anos, em especial as relacionadas ao Reuni e à Expansão Etapa I, com a criação dos câmpus de Planaltina, de Ceilândia e do Gama, e o crescimento expressivo do câmpus da Asa Norte, além do programa de ensino de graduação a distância, indicam fortemente que a UnB mais uma vez reafirma seu compromisso com os diversos contextos com os quais mantém interlocução: o Distrito Federal, o ecossistema do cerrado, a difusão de conhecimento em âmbito local, regional e nacional e a necessária internacionalização.

Com a palavra, Darcy Ribeiro: %u201CA vocação da UnB é ser uma universidade completa%u201D. A UnB está mais uma vez diante da oportunidade de reafirmar a força da utopia que a originou e consolidar o ideal de uma universidade criativa e inovadora, conectada à sociedade e de se tornar capaz de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo e de projetar o futuro, alicerçada nos seus valores e tradição.

A Chapa 80 traz a profa Márcia Abrahão como candidata a reitora, a primeira reitora da UnB. Ela foi decana de Ensino e Graduação e gestora dos Programas Reuni e Expansão. O prof. Marcelo Bizerril, candidato a vice-reitor, é diretor licenciado do câmpus de Planaltina.

Ambos reafirmam o sentido público, a qualidade, a gratuidade e a referência social da UnB em uma candidatura fundamentada em sólida carreira acadêmica e administrativa e em princípios éticos e morais. O Reuni fortaleceu uma bandeira histórica da luta pela democratização da educação brasileira.

Com a ampliação de vagas para estudantes, a abertura de 930 vagas para novos docentes e 550 vagas de técnicos administrativos, a criação de câmpus e de 36 cursos de graduação, especialmente no período noturno, a UnB se expandiu e reafirmou sua relevância como centro de produção, sistematização e difusão de conhecimento.

A experiência exitosa dos candidatos foi construída a partir da crise que a UnB enfrentou em 2007/2008, da qual renasceu ainda mais forte, mesmo após ter tido que devolver ao MEC quase R$ 40 milhões, por determinação do TCU, que identificou irregularidades no envio de recursos desses programas à Finatec, em 2007. Sob a coordenação da profa. Márcia, o Reuni foi repactuado com o MEC e alcançou as metas previstas.
O MEC, além de elogiar a execução do programa, enviou mais recursos à UnB. Foram investidos para atender à expansão e reestruturação acadêmica mais de R$ 100 milhões em obras e equipamentos e aplicados recursos em bolsas e auxílios para estudantes de graduação, docentes e técnicos administrativos, de forma transparente e colegiada.

Entre os desafios para a próxima gestão, estão a consolidação da expansão e da reestruturação acadêmica, a modernização e simplificação da gestão, com transparência e ética, a melhoria da qualidade da pós-graduação e das condições de desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e de extensão, o incentivo à inovação, o fortalecimento e a integração da comunidade universitária e o aprimoramento da relação entre universidade e sociedade. Para avançar no cumprimento da sua missão institucional e na superação dos desafios, a UnB precisa contar com a competência e o comprometimento da comunidade acadêmica (ver programa e ações propostas pela Chapa 80 em www.oamanhafazemosjuntos.com.br).

O que está em jogo nesta eleição são dois projetos distintos de universidade. Para a Chapa 80, o compromisso com a excelência não se dissocia do empenho visando à democratização do acesso à universidade. A gestão eficiente associa-se a um diálogo efetivo. O respeito à autonomia e à pluralidade de pensamento de professores, servidores técnicos administrativos e estudantes será princípio norteador da gestão.

Neste momento histórico, é muito importante a participação de todos %u2014 professores, técnicos administrativos e estudantes, pois o sistema de votação paritária valoriza igualmente o voto dos três segmentos da comunidade universitária. Estamos entre a ameaça de retrocesso para práticas tradicionais de gestão, com favorecimentos e apadrinhamentos, e a possibilidade concreta, com a Chapa 80 vitoriosa, de avançar, consolidar a democracia interna e dar um salto de qualidade em nossa produção científica, artística, tecnológica e no diálogo com os diversos segmentos da comunidade universitária e a sociedade.

Fonte: Correio Braziliense

Imagem: Correiobraziliense.com