'Disputa eleitoral será vencida pela troca de ideias, não pelos ataques', afirma Marina Silva
29/09/2014
Candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva afirmou hoje que o Brasil vive momento de grande importância, em que a sociedade assumiu o controle do processo político e está impondo o seu desejo por mudanças quebrando a tradicional polarização entre PT e PSDB.
Em conversa com jornalistas, a ex-senadora reafirmou sua convicção de que a disputa eleitoral será vencida pelo debate de ideias e não pela troca de ataques entre os candidatos. “A sociedade brasileira resolveu quebrar o plebiscito e estabelecer um processo político. O processo político está aberto, e o cidadão brasileiro não vai abrir mão de ser o protagonista das mudanças que o Brasil precisa”, disse.
Acompanhada por seu candidato a vice, Beto Albuquerque, dirigentes dos partidos que a apoiam e colaboradores, Marina demonstrou confiança na estratégia de sua campanha, que mantém o debate em torno dos problemas do país mesmo diante dos ataques que tem recebido de seus adversários.
Questionada sobre as pesquisas, declarou: “Quem tem de estar preocupado com as pesquisas é aquele que gostaria de estar em segundo lugar e ir para o segundo turno e até agora continua no terceiro lugar. E quem está no primeiro lugar e gostaria que não tivesse segundo turno e sabe que vai ter segundo turno”.
“Nós estamos muito felizes por chegar onde chegamos: quebrar a polarização, com dois minutos de televisão, sem agredir os adversários, com um grupo de partidos que se uniram em torno de um programa. Isso já é um grande feito da sociedade”, afirmou.
A candidata do PSB repudiou a instrumentalização de denúncias com objetivos eleitorais e foi categórica na defesa da investigação de todos os fatos e a punição dos culpados, quando comprovada a prática de irregularidades. No momento em que o escândalo da Petrobras ganha mais um capítulo, a ex-senadora recusou-se a acusar adversários e reafirmou sua expectativa de que todas as denúncias associadas à estatal sejam investigadas e comprovadas, para que os envolvidos sejam identificados e punidos pela Justiça. “Que a Polícia Federal faça o seu trabalho. Não costumo fazer política usando a corrupção, seja contra quem for, para me promover”, disse. “Se houver culpados, que a Justiça lhes dê o veredicto e que sejam punidos, seja quem for”.
Marina também comentou reportagens que apontam que ela própria estaria sendo objeto da manipulação de informações relativas à sua gestão no Ministério do Meio Ambiente. “Repudiamos que estejam sendo usados os órgãos do Estado brasileiro para promover qualquer tipo de crime para acusar uma pessoa que está participando do processo político”, avisou.
“Não temos medo da gestão que fizemos. Temos plena convicção do trabalho honesto e competente que fizemos durante cinco anos e meio à frente do Ministério do Meio Ambiente e repudiamos qualquer tentativa de manipular informação ou documentos para causar prejuízo nessa reta final da campanha ao nosso projeto político”, declarou.
Fonte: www.marinasilva.gov.br