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Crise na pediatria: a escassez crescente de profissionais

11/06/2013

"Crise na pediatria: a escassez crescente de profissionais

Chegou-se a um ponto em que a carência de pediatras atingiu um ponto emergencial

as é uma dura realidade encontrada pelos pais cearenses, sobretudo os que procuram a rede pública de atendimento, como mostrou reportagem do O POVO ontem. Contudo, o mesmo quadro é observado em todo o País, constituindo-se um dos mais graves problemas da assistência médica no Brasil.

As queixas alcançam pessoas de todos os segmentos sociais. Mesmo as unidades privadas de atendimento médico sofrem com a escassez de pediatras. Neste caso, o motivo é provocado pela baixa remuneração paga pelos planos de saúde privado. Mas a situação mais grave é a dos que dependem da rede pública de assistência médica. Sabe-se que 30% do atendimento de rotina e 43% do atendimento de emergência envolvendo crianças são feitos por médicos não especializados em pediatria. Ora, ninguém ignora que a ausência de um pediatra pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Por isso, esse especialista é requerido desde a hora do parto.

Se nos grandes centros o problema já se apresenta com características extremamente preocupantes, imagine-se a situação dos municípios interioranos, onde a falta de médicos – de um modo geral – é aflitiva. Ou seja, chegou-se a um ponto em que a carência de pediatras chegou a um ponto emergencial, passando a exigir uma política diferenciada para resolvê-la. O que não se aceita é continuar empurrando esse problema com a barriga.

Os próprios pediatras explicam as razões da evasão de médicos dessa especialidade: a causa principal é a baixa remuneração. Esse profissional tem comumente de desdobrar-se mais do que a maioria das outras especialidades. Seus pacientes não têm capacidade para expressar o que estão sentindo, cabendo ao especialista garimpar com muito cuidado os sintomas até chegar à causa da doença.

Requer-se dele também muita paciência para lidar com seus pequenos enfermos e enfrentar a ansiedade natural dos pais. Ademais, é preciso estar disponível 24 horas para atender telefonemas e atenuar essa ansiedade dos que cercam as crianças. Enfim, muito trabalho para pouca compensação remuneratória. Portanto, o problema deve objetivamente ser resolvido a partir deste ponto. Não há como tergiversar. Com a palavra, os estrategistas da saúde pública no Brasil."

Fonte: Opovo.com

Imagem: 3.bp.blogspot.com