COMBATE AO ANALFABETISMO FUNCIONAL GANHA CARTILHA
06/03/2013
COMBATE AO ANALFABETISMO FUNCIONAL GANHA CARTILHA
06/03/2013 Educação, Notícia No comments
Instituto Victor Civita reúne práticas essenciais para garantir sucesso no processo de alfabetização
O analfabetismo funcional atinge mais de um quinto da população brasileira. No universo dos estudantes de ensino superior, 38% dos alunos não dominam habilidades básicas, como a leitura e escrita. O problema, reflexo das deficiências de aprendizado do Ensino Fundamental, é um entrave para o crescimento do país, uma vez que a falta de mão de obra qualificada é problema recorrente em todos os setores da economia. “Tal lacuna pode ser sanada no médio prazo com mudanças básicas nas escolas do Ensino Fundamental. O próprio ambiente escolar deve ser adaptado para incentivar as práticas de leitura e escrita. Além disso, é preciso dar mais atenção à capacitação dos professores”, afirma Angela Dannemann, diretora- executiva da Fundação Victor Civita.
As principais ações necessárias para extinguir o analfabetismo funcional foram compiladas pela Fundação e servem como cartilha para as instituições de ensino (veja no quadro abaixo). “Somente juntamos em um documento práticas que já propomos há muito tempo, inclusive, algumas escolas já incorporaram as ações na rotina”, conta Dannemann. A rede de ensino da prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), há mais de um década dissemina nas escolas ações essenciais para garantir o sucesso do processo de alfabetização dos alunos. Uma das partes mais delicadas desse trabalho é a capacitação dos professores. Por isso, desde 2005, todas as instituições da rede participam do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa).
A iniciativa do Ministério da Educação (MEC) é uma espécie de curso de especialização, que propõe um novo método de alfabetização no qual o ensino da leitura precede o da escrita. “O Profa foi um divisor de águas. A partir de então, realizamos leitura em voz alta todos os dias para os alunos com gêneros literários diferenciados. A tentativa é sempre trazer a realidade do estudante para dentro da sala de aula, com matérias de jornal e notícias de ciência”, destaca Cristiane de Araújo Santos, professora da rede de ensino de São Bernardo há 18 anos e hoje diretora da escola Octávio Edgard de Oliveira.
O trabalho dos docentes é acompanhado de perto pelos coordenadores pedagógicos em reuniões semanais, com três horas de duração. “Essa é uma orientação do governo federal, que implantamos esse ano. Além de técnicas de ensino, a importância de incentivar a família a acompanhar o avanço dos filhos é tema recorrente dos encontros”, destaca Stella Chichi, diretora da Secretaria de Educação de São Bernardo. O incentivo ao hábito da leitura não se resume às salas de aula. As bibliotecas foram incrementadas com gibis e notebooks. “Utilizamos a tecnologia para chamar ainda mais atenção dos alunos para a leitura”, diz Chichi.
Fonte: Istoepiaui.com
Imagem: Istoepiaui.com