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Casos graves de dengue caem 44%

28/02/2013

"Casos graves de dengue caem 44%

Mortes pela doença têm retração de 20%

A continuidade das ações para melhoria do atendimento a pacientes com dengue conseguiu reduzir em 44% os casos graves e em 20% as mortes pela doença nas primeiras sete semanas de 2013, em comparação com o mesmo período do ano passado (veja gráfico). Os números constam do novo boletim epidemiológico da dengue, divulgado na segunda-feira (25) pelo Ministério da Saúde.

De 1º de janeiro a 16 de fevereiro, foram confirmados 324 casos graves, após os 577 em 2012, e 33 mortes - foram 41 no ano passado. Se comparado a 2010, o desempenho representa redução de 91% nos casos graves e de 77% para as mortes. “A redução no número de casos graves e óbitos mostram que estão corretas as estratégias de integração de ações no combate à dengue”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Entre essas medidas, adotadas em conjunto com estados e municípios, estão: organização da rede pública de atendimento, a melhoria da atenção básica, capacitação dos profissionais e reforço à vigilância em saúde.

A retração ocorre mesmo com a expansão da notificação total da doença.

O boletim aponta 204.650 casos, contra 70.489 do mesmo período do ano passado. Segundo o estudo, oito estados - Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo - concentram 173.072 notificações, que equivalem a 84,6% do total.

"Temos que redobrar a atenção, tanto nas ações de prevenção como também de atendimento às pessoas que adquirem a doença", diz o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Para ele, maioria das vítimas de óbitos por dengue é de pessoas com comorbidades, ou seja, que possuem doenças como diabetes, cardiopatias, pneumopatias, entre outras.

Regiões - Do ponto de vista da incidência, que compara os casos de dengue com a população do estado, os maiores índices ficam com Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. "A situação destes oito estados deve servir de alerta aos demais para que não interrompam as ações de combate à doença. Vale ressaltar que o país está apenas começando o período de chuvas, que é o de maior transmissão, ou seja, a luta contra a dengue está no início", afirmou o ministro.

O boletim confirmou que o DENV-4, um dos quatro sorotipos que circula no Brasil, corresponde a 52,6% das amostras analisadas. A gravidade e os sintomas (febre alta, dores no corpo e nas articulações, vômitos, manchas vermelhas no corpo, entre outros) são iguais para os quatro tipos de vírus.

Mosquito - Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostra que, em janeiro deste ano, 267 municípios brasileiros estavam em situação de risco para dengue; 487 em situação de alerta e 238 em situação satisfatória. A pesquisa, que serve para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue, foi realizada em 983 municípios. No mesmo período do ano passado, 765 cidades fizeram o levantamento, sendo que 146 foram consideradas em risco; 384 em alerta e 235 em situação satisfatória.

Por região, a maior concentração das larvas do mosquito em reservatórios de água ocorreu no Nordeste, com 76,2%. Por outro lado, foi na região Sudeste onde se concentraram os maiores focos em depósitos domiciliares, com 63,6%.

Quanto às capitais, o LIRAa deste ano apontou situação de risco em Palmas (TO) e Porto Velho (RO); de alerta em Belém (PA); Manaus (AM); Rio Branco (AC); Aracaju (SE); Fortaleza (CE); Maceió (AL); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís (MA); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); Brasília (DF); Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). Já Boa Vista (RR); João Pessoa (JP) e Teresina (PI) apresentaram índice satisfatório.

Ações de vigilância tiveram R$ 1,7 bi em 2012

O Ministério da Saúde repassou R$ 1,73 bilhão em 2012 para custear as ações de vigilâncias dos estados e municípios - 29% mais do que o R$ 1,34 bilhão aportado em 2011. Além deste montante, foram investidos R$ 173,3 milhões neste ano para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, por meio do piso de qualidade da vigilância. Esta verba pode ser usada para ações como compra de equipamentos e treinamento de pessoal."

Fonte: Secom.gov

Imagem: Secom.gov