Cai juro para imóveis acima de R$ 500 mil
16/01/2013
Cai juro para imóveis acima de R$ 500 mil
Juro menor para imóvel
Autor(es): ANA D"ANGELO
Correio Braziliense - 16/01/2013
A taxa de financiamento nessa faixa de preço foi cortada de 9,9% para 9,4% ao ano pela Caixa. Para clientes, com desconto em conta, fica menor: 8,3% — bem abaixo dos juros de 11% a 13% cobrados por bancos privados.
Caixa reduz as taxas dos financiamentos destinados à compra de casa ou apartamento acima de R$ 500 mil
Com o preço das casas e apartamentos nas alturas, a Caixa Econômica Federal decidiu reduzir, desde ontem, os juros dos financiamentos para a compra de imóveis fora do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), aqueles acima de R$ 500 mil. A maior taxa para esses consumidores de renda mais alta caiu de 9,9% para 9,4% ao ano, bem abaixo dos 11% a 13% oferecidos pelos bancos privados. Esse percentual é para quem só quer tomar o financiamento na instituição federal e pagar a prestação por boleto.
Para os consumidores que mantiverem conta-corrente na Caixa, com débito automático da parcela e cartão de crédito, a taxa é mais baixa: passou de 9,1% para 8,6% ao ano. São encargos bem vantajosos, semelhantes aos oferecidos para a compra de imóveis dentro do SFH. Além desses juros fixos, cobrados durante o prazo do contrato, o saldo devedor é atualizado pela Taxa Referencial de Juros (TR), que anda bem baixa, na casa dos 0,3% ao ano.
Se o cliente receber o salário pelo banco, tem direito a encargos mais reduzidos, de 8,4% ao ano mais a TR. Os servidores públicos dispõem de juros um pouco menores, que chegam a 8,3% anuais, além da TR. Nessa linha de crédito fora do SFH, a Caixa financia 90% do valor do imóvel, conforme a capacidade financeira do interessado, para pagamento em prazo bem longo, de até 35 anos.
O Banco do Brasil também tem taxas competitivas para aquisição de imóveis fora do SFH na comparação com o mercado privado, entre 9% e 10% ao ano, mais TR. Porém, o financiamento é de, no máximo, 80% do valor da casa ou do apartamento, além de o prazo se limitar a 30 anos. A instituição ainda não decidiu se acompanhará a Caixa na redução desses custos.
Sem FGTS
Com os novos juros, a economia no caso de um financiamento de R$ 600 mil obtido na Caixa para pagamento em 30 anos atinge R$ 43,3 mil. Em comparação ao crédito disponível nas instituições privadas, que cobram taxas mais altas, o cliente economiza bem mais. Em 2012, a Caixa liberou R$ 101 bilhões em financiamentos habitacionais. A estimativa para este ano é de crescimento de 20%, alcançando R$ 120 bilhões.
Embora já conte com taxas de juros mais baixas, quem for adquirir um imóvel financiado acima de R$ 500 mil continua sem poder utilizar o saldo da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para reduzir o valor da entrada. Isso porque a lei permite a liberação desses recursos somente para casas ou apartamentos dentro do SFH, com valor até R$ 500 mil. O mercado imobiliário faz pressão, desde 2011, para que o governo, por meio do Conselho Curador do FGTS, eleve o limite do SFH.
O teto de R$ 500 mil, que vem desde o início de 2009, está inibindo muitos negócios, segundo corretores e construtoras, pois os preços dos imóveis nas capitais subiram demais e ultrapassam esse valor. No Distrito Federal, não existe apartamento de dois quartos no Plano Piloto por menos de R$ 500 mil.
Fonte: Correio Braziliense
Imagem: Jornalacidade.com