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Atenção à 2ª dose da vacina contra o HPV

01/06/2013

"Atenção à 2ª dose da vacina contra o HPV

Autor(es): GABRIELLA FURQUIM

Correio Braziliense - 01/06/2013

Começa na próxima segunda-feira, 3 de junho, a campanha da segunda dose da vacina contra o papilomavírus (HPV) nas escolas públicas e privadas do Distrito Federal. “Não adianta tomar só uma vez. O efeito do medicamento é garantido apenas após três aplicações. Por isso, é muito importante que todas as meninas que tomaram a primeira fiquem atentas às datas e tomem as demais”, alerta a gerente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Secretaria de Saúde, Cristina Segatto. Ao receberem as primeiras doses, as meninas receberam um cartão com as datas das próximas vacinas, de acordo com o cronograma de visitas aos colégios definido pelas regionais de saúde.

A primeira etapa atingiu 91,9% das jovens entre 10 e 13 anos do DF, o que representa 57.775 estudantes das redes pública e particular. A expectativa do governo era de alcançar 62.862 garotas. “Era esperada alguma rejeição, como pais que não autorizam por falta de informação, meninas que não puderam receber a vacina por conta de problemas de saúde ou por terem tomado doses de outras vacinas e até por já terem sido imunizadas contra o HPV. Passar de 90% de jovens atingidas pela campanha foi, sem dúvida alguma, uma conquista”, avalia Cristina.

A segunda aplicação vai até 28 de junho. Quem não recebeu a primeira dose não poderá participar da campanha neste ano. “É uma logística muito grande, diferentemente de outras estruturas de vacinação que nós montamos e esperamos as pessoas no posto de saúde. Na imunização contra o HPV, nós vamos até as escolas, levamos todo o aparato até lá e, por isso, precisamos cumprir o cronograma para não inviabilizar toda o processo”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica e Imunização. A terceira dose, que completará o ciclo, será dada entre 30 de setembro e 1º de novembro.

Risco
A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, responsáveis por cerca de 80% dos casos mais nocivos de câncer. O vírus é capaz de infectar a pele e as mucosas. A transmissão se dá por contato direto com o local atingido, sendo que a principal forma de transmissão acontece por meio do sexo (leia ilustração). Quando a infecção persiste, ela pode resultar no desenvolvimento de lesões que progridem para o câncer, principalmente no colo do útero. Só na capital do país, 90 mulheres morrem por ano por causa da doença e mais 3,6 mil apresentam ferimentos. É a principal causa de morte por câncer na Região Centro-Oeste.

O DF é a primeira unidade da Federação a distribuir a vacina gratuitamente. O governo investiu R$ 13 milhões para comprar 160 mil unidades do medicamento com o objetivo de reduzir em 70% os casos desse tipo de câncer a longo prazo. Em clínicas particulares, o preço da aplicação chega a R$ 800, em média. A faixa etária selecionada para participar da campanha de imunização levou em conta estudos que apontaram 15 anos como o período em que a maioria das jovens brasilienses inicia a vida sexual. A campanha continua no próximo ano, mas apenas adolescentes com 11 anos serão imunizadas, de acordo com a Secretaria de Saúde. Uma possível expansão do público-alvo é avaliada.

57.775
Quantidade de estudantes das redes pública e particular que receberam a primeira dose da vacina

“Passar de 90% de jovens atingidas pela campanha foi, sem dúvida alguma, uma conquista”
Cristina Segatto,g erente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Secretaria de Saúde"

Fonte: Correio Braziliense

Imagem: Puc-riodigital.com.puc-rio.br