Faça uma busca abaixo:
Posso Ajudar?

Após três meses de greve, alunos e professores voltam às aulas na UEG

01/08/2013

"Após três meses de greve, alunos e professores voltam às aulas na UEG

Por causa da paralisação, ano letivo deve terminar só em fevereiro de 2014.
Expectativa é de que reitoria promova melhorias na instituição de ensino.

Após três meses de greve, estudantes e professores voltaram às salas de aula da Universidade Estadual de Goiás nesta quinta-feira (1º). Em clima de tranquilidade, eles começam a cumprir o calendário de reposição nas dez unidades que aderiram ao movimento. Entre os alunos, a expectativa é de que a reitoria cumpra com o acordo e promova as melhorias na instituição de ensino.

Como as atividades foram paralisadas em 25 de abril, a assessoria da UEG informou que o primeiro semestre deste ano só será concluído em outubro. Já o segundo semestre de 2013 deve ser finalizado em fevereiro do próximo ano. Nas unidades onde não houve greve, o calendário de aulas segue normal.

A retomada das atividades foi definida entre membros da direção da universidade e de uma comissão de negociação composta por representantes de alunos, servidores técnico-administrativos e professores no último dia 24. Após a reunião, o movimento realizou uma assembleia que aprovou o fim da greve.
saiba mais

Após quase três meses, acordo põe fim à greve na UEG, em Goiás
Grevistas deixam reitoria da UEG após 8 horas de protesto, em Goiás
Alunos da UEG são presos durante protesto na abertura do Fica, em GO
Estudantes e professores da UEG protestam com 'panelaço', em Goiás

Conforme estudantes, um dos fatores que mais influenciou para o fim do movimento foi a dificuldade em se repor as aulas. No entanto, para eles, o mais importante era conquistar as reivindicações. "Atrasou, mas é da luta que se conquista, vamos ver o que a gente adianta agora", declarou o universitário Alef Regis.

Acordo
O acordo para retomada das atividades na universidade foi fechado entre membros da reitoria e de uma comissão de negociação composta por representantes do movimento “Mobiliza UEG”, que reúne estudantes, servidores técnico-administrativos e professores. Com o acordo entre as partes, a UEG se comprometeu a arquivar a ação declaratória movida pela universidade que motivou o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) a conceder liminar considerando a greve irregular.
Estudantes retomam aulas na UEG, em Anápolis (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Estudantes retomam aulas na sede da UEG, em
Anápolis (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

A instituição de ensino também afirmou que vai investir R$ 2 milhões do orçamento da instituição para 2014 em políticas de assistência estudantil como moradia, restaurante universitário e centro de convivência. A UEG ainda se comprometeu a encaminhar ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), uma solicitação de crédito complementar no valor de R$ 5 milhões para o mesmo fim. Outros R$ 6 milhões previstos no orçamento serão destinados ao programa de bolsas da universidade.

Aos professores e servidores técnico-administrativos, a UEG se comprometeu a encaminhar ao governo pedido de reposição salarial de 7,08% em 2013. Porém, desta porcentagem será descontada uma antecipação concedida de 1,52%. Também firmou compromisso em empreender esforços para a realização de um concurso público para admissão de 250 professores e 500 técnicos administrativos para o 1º semestre de 2014.

Protestos
A greve teve início em 25 de abril e foi marcada por manifestações em várias regiões do estado, nos locais onde a universidade está presente. No último dia 11, cerca de 200 manifestantes ocuparam a sede da reitoria da UEG em Anápolis. No início de julho, sete estudantes foram presos ao entrar em confronto com policiais em uma manifestação na Cidade de Goiás.

Rodovias foram fechadas, tanto em Anápolis, como em Porangatu, no norte do estado.
Em duas ocasiões estudantes foram detidos após protestar em eventos com a presença do governador Marconi Perillo em Anápolis. Na mais recente, um jovem de 24 anos quebrou a clavícula ao tentar fugir de um segurança do governador."

Fonte e Imagem: G1.globo.com