17 hospitais públicos de SP têm macas em corredores
05/06/2013
"17 hospitais públicos de SP têm macas em corredores
Balanço consta de fiscalização do Cremesp em 23 prontos-socorros públicos da capital
Dezessete de 23 hospitais públicos da capital fiscalizados pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) entre fevereiro e abril tinham macas com pacientes no corredores.
Na época da fiscalização, diz o Cremesp, havia macas nos corredores em seis prontos-socorros estaduais visitados e em dez das 15 unidades fiscalizadas administradas pela prefeitura. O outro hospital que apresentava o problema é mantido por uma instituição filantrópica (veja quadro ao lado).
No total, o Cremesp fiscalizou 71 grandes prontos-socorros no Estado. Esse universo, diz, representa quase 10% do total dos serviços de urgência e emergência existentes em São Paulo.
Entre outros problemas, a fiscalização constatou que, na capital, faltavam médicos em 19 dos 23 prontos-socorros e não era feita triagem dos pacientes em sete unidades. Em cinco prontos-socorros, não havia salas de emergência adequadas para atender os pacientes.
Para o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, a existência de macas com pacientes nos corredores da maioria dos hospitais visitados ?é uma calamidade?. ?É um total descalabro. Isso evidencia a falta de organização do sistema de saúde.?
Atendimento ineficaz
De acordo com ele, do ponto de vista médico, manter um paciente no corredor impede que a equipe médica o atenda de forma eficaz. ?Não tem como examiná-lo, porque o médico não tem privacidade para conversar com ele. Nos prontos-socorros, lidamos com pacientes que procuraram o serviço de urgência porque estão com algum problema grave.?
Segundo o presidente do Cremesp, esse problema só será solucionado quando poder público investir mais na saúde pública. ?O Brasil investe menos de 4% do PIB [Produto Interno Bruto, que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país] em saúde. É muito pouco para quem quer ter um sistema universal de saúde. A Argentina investe de 8% a 10%."
Fonte: Agora.uol
Imagem: Estadao conteudo