Uma injeção de ânimo nos hospitais do Estado
19/09/2012
Uma injeção de ânimo nos hospitais do Estado
Programa prevê investimentos de R$ 500,5 milhões, mas a não inclusão de mais profissionais da área preocupa os setores
O governo de SC anunciou ontem uma dose para tirar a saúde pública do estado crítico em que se encontra. O programa Pacto da Saúde prevê investimento de R$ 500,5 milhões para ampliar o atendimento em 19 hospitais e maternidades de todas as regiões. Mesmo reconhecendo a importância da medida, principalmente por levar consultas e exames especializados ao interior e dar fim a ambulancioterapia rumo à Capital, a não inclusão de pessoal preocupa setores.
Os recursos para as ações serão captados junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e devem ser liberados pela presidente Dilma Rousseff dentro de 60 dias. Serão injetados na criação de 985 leitos hospitalares, 177 de UTI e 21 policlínicas (10 novas e 11 readequadas). A ampliação do atendimento deverá resultar em 57 novas salas cirúrgicas, além de 35 mil internações e 120 mil consultas. Obras devem estar prontas em três anos.
O governador Raimundo Colombo acredita que com os investimentos nenhum paciente precisará se deslocar mais de 100 quilômetros para realizar uma consulta especializada ou uma cirurgia complexa. O programa faz parte do Pacto por Santa Catarina, que prevê a aplicação total de R$ 5 bilhões em setores como Infraestrutura, Segurança Pública, Educação, entre outros.
Entidades como o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis (SindiSaúde) e Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc) reclamam da carência de funcionários.
A defasagem de pessoal hoje no Estado é de cerca de 3 mil servidores. É necessário contratar mais gente, por meio de concurso público, e garantir que os recursos anunciados sejam aplicados em hospitais gerenciados apenas pelo SUS sugere Cláusio Pedro Vitorino, diretor do SindiSaúde.
Para o presidente do Simesc, Cyro Veiga Soncini, algumas unidades deveriam ter sido melhor contempladas. como o Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, onde trabalha: Temos 80 leitos fechados por falta de profissionais. Só três salas cirúrgicas funcionam. Temos anestesistas e cirurgiões, mas não a enfermagem.
angela.bastos@diario.com.br
ÂNGELA BASTOSMultimídiaPARA ONDE VAI A VERBA
Fonte: Cofen.empauta.com
Imagem: Rac.com